MOURA, J. C. CONSUMO DE ALIMENTOS ULTRAPROCESSADOS E ASSOCIAÇÃO
COM O ESTADO NUTRICIONAL DA POPULAÇÃO: ISAD-PI-CAPITAL, 2020.
Introdução: A substituição de alimentos in natura por alimentos ultraprocessados resulta em
uma alimentação com alta densidade energética, e alto teor de gordura, açúcar e sódio,
determinando o desequilíbrio na oferta de nutrientes e a ingestão excessiva de calorias, que
está associada ao excesso de peso corporal. Objetivo: avaliar o consumo de alimentos
ultraprocessados (AUP) e a associação com o estado nutricional da população residente na
cidade de Teresina-PI. Metodologia: Estudo transversal, domiciliar, de base populacional,
composto por adolescentes de 10 a 19 anos, adultos de 20 a 59 anos e idosos > 60 anos,
residentes em domicílios particulares na zona urbana do município de Teresina, Piauí, no
período de agosto de 2018 a dezembro de 2019. Foram coletados dados demográficos,
socioeconômicos, de estilo de vida, de consumo alimentar, e dados antropométricos, para tal,
foi utilizado o software Epicollect 5®(Imperial College London). Todas as análises foram
realizada no módulo survey do programa Stata versão 14. Foram utilizados o teste t para duas
variáveis, análise de variância (ANOVA) com o teste post-hoc de Bonferroni e regressão
logística linear bruta e ajustada com intervalo de confiança de 95% (IC95%). O nível de
significância adotado foi de 5%. Resultados: Na população deste estudo o grupo dos
alimentos in natura apresentou a maior contribuição energética total, no entanto, a ingestão de
AUP também demonstrou uma contribuição expressiva no valor energético total. A maior
prevalência do consumo de AUP foi observada entre os adolescentes, com destaque para o
consumo de bolos/biscoitos doces, pães/torradas e guloseimas. Não foi verificada associação
significativa entre o consumo de AUP e variáveis antropométricas em adultos e idosos,
entretanto, observou-se que entre os adolescentes, os resultados demonstraram associação
inversa entre o consumo de AUP e indicadores antropométricos. Conclusão: Desta forma,
destaca-se a importância do monitoramento do consumo de AUP, e de políticas públicas e
ações do governo que visem o combate ao consumo de AUP afim de promover qualidade de
vida a população.