A vitamina E é um nutriente antioxidante, anti-inflamatório e imunorregulador, que compõe as membranas de células do sistema imune, com capacidade de proteger contra danos oxidativos e melhorar a integridade da barreira lipoproteica. Assim, o consumo adequado dessa vitamina é essencial para o fortalecimento do sistema imunológico, principalmente em infecções virais como a COVID-19, patologia sem tratamento medicamentoso eficaz. O objetivo deste estudo foi relacionar o consumo alimentar de vitamina E com biomarcadores de estresse oxidativo em pacientes com diagnóstico positivo para COVID-19. A partir dos resultados encontrados, elaborou-se um artigo original, que compõe esta dissertação. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 101 pacientes, de ambos os sexos, com diagnóstico de COVID-19 confirmado pelo teste RT-PCR, realizado entre o 3º e 7º dia de sintoma gripal, atendidos em duas Unidades Básicas de Saúde (UBS) (Planalto Uruguai e Parque Piauí) da Cidade de Teresina, Piauí. O estado nutricional global e a medida da circunferência da cintura foram avaliados segundo as recomendações da Organização Mundial de Saúde. O consumo alimentar de energia, macronutrientes e vitamina E foi avaliado pelo método do Recordatório de 24 horas em dois dias não consecutivos. O estresse oxidativo foi avaliado a partir da dosagem de malondialdeído segundo método de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, bem como pela dosagem de mieloperoxidase, conforme velocidade de oxidação do substrato o-dianisidina. A maioria dos participantes (27,7 %, n= 28) estavam no 5º dia de sintomas gripais quando procuraram a UBS para realização do RT-PCR. Os sintomas mais relatados foram: dor de garganta, febre, tosse e dor no corpo. Verificou-se a predominância de sobrepeso entre os participantes quando avaliado o estado nutricional global e risco cardiometabólico em 27% (n= 26) dos homens quando comparado às mulheres (23,9%, n= 23). O consumo alimentar de vitamina E foi inadequado, sendo insuficiente em indivíduos de ambos os sexos, e sua relação com biomarcadores de estresse oxidativo não foi confirmada neste estudo (p>0,05). Conclui-se que o consumo alimentar de vitamina E parece não estar relacionado aos marcadores de estresse oxidativo na
população estudada.