O exercício físico regular promove adaptações e repercussões fisiológicas em diferentes sistemas corporais, como no trato gastrointestinal. Essas alterações fisiológicas variam de acordo com o tempo, intensidade volume e tipo de exercício realizado. O objetivo deste trabalho foi estudar o efeito do exercício físico sobre a inibição do apetite e dismotilidade gástrica induzida pelo uso crônico de dexametasona. Foram utilizados ratos Wistar machos, com peso inicial médio de 330g. Realizaram-se três protocolos experimentais: 1) Tratamento com dexamentasona: os animais foram distribuidos em quatro grupos (Salina, Dexa0,1mg/Kg, Dexa0,5mg/Kg e Dexa1,0mg/Kg) tratados por 5 dias; 2) Protocolo de exercício: os animais foram distribuídos em grupos experimentais (Salina, Dexa1,0mg/Kg, Salina+Exercício0%, Dexa1,0mg/Kg+Exercício0%, Salina+Exercício5%, Dexa1,0mg/Kg+Exercício5%) e submetidos a adaptação à agua por 5 dias, seguidos de treinamento de natação por 5 dias, 1h/dia. Foi realizada monitoração diária do peso corporal (g), consumo de ração (g) e ingestão de água (mL). Foram realizados ainda Teste de Tolerância à Glicose e Teste de Tolerância à Insulina via intraperitoneal, Esvaziamento Gástrico de líquidos, coleta de tecidos para dosagem de citocinas no dia seguinte após a da última dose de dexametasona. Observamos que o tratamento com dexametasona foi responsável pela redução significativa (p < 0,05) do consumo alimentar, da ingestão de líquidos e do peso corporal dos ratos, sem contudo alterar sua composição corporal. Observamos ainda que a dexametasona promoveu a instalação do quadro de hiperglicemia e de resistência à insulina, além de aumentar a taxa de retenção gástrica dos ratos. O exercício físico por sua vez atenuou de forma significativa (p < 0,05) o quadro de hiperglicemia e o retardo no esvaziamento gástrico dos animais tanto no grupo sem sobrecarga quanto no com acréscimo de 5% do peso corporal, porém não foi eficaz em prevenir a redução de peso corporal e hipofagia provocadas pelo tratamento com dexa.