DESEMPENHO FUNCIONAL, ESTADO NUTRICIONAL E NÍVEL DE ATIVIDADE DE IDOSOS
Envelhecimento. Força muscular. Marcha. Estado nutricional. Atividade Motora.
MUNIZ, V.R.C. Desempenho funcional, estado nutricional e nível de atividade física de idosos. 2015. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina – PI.
O comprometimento funcional está relacionado à maior morbimortalidade entre idosos. Considerando a importância de um adequado estado nutricional e da prática de atividade física para a longevidade é necessário compreender as relações existentes entre esses aspectos e o desempenho funcional. Assim, o objetivo dessa pesquisa é analisar o desempenho funcional de idosos e sua relação com estado nutricional e nível de atividade física. Trata-se de um estudo transversal com 179 idosos atendidos em um ambulatório da rede pública de saúde de Teresina. Foi realizado avaliação da força muscular (aferição da força de preensão palmar com dinamômetro modelo Jamar) e da velocidade da marcha (tempo para percorrer distância de 4,6 metros). Para a avaliação do estado nutricional foram utilizados: Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Panturrilha (CP), Circunferência da Cintura (CC) e Razão Cintura-Quadril (RCQ). O nível de atividade física foi identificado a partir do gasto energético semanal com exercícios físicos e tarefas domésticas após aplicação da versão simplificada do Minnesota Leisure Activities Questionnaire. Utilizou-se o software SPSS versão 20.0 para a análise estatística. A prevalência de baixa força foi de 20,7% e 20,1% apresentaram lentidão da marcha. A maioria apresentou baixo peso e ausência de perda da massa muscular. Preseça de adiposidade central foi encontrada em 40,8% e em 35,2% considerando a CC e a RCQ, respectivamente. Foram considerados ativos 50,3% dos idosos. Perda de massa muscular associou-se à baixa força (p=0,015). Não foi encontrada relação entre lentidão da marcha e parâmetros antropométricos, assim como entre nível de atividade física e medidas de desempenho funcional. O conhecimento dessas características é fundamental para definir e implantar políticas públicas que proporcionem um envelhecimento ativo e auxilie no enfrentamento dos desafios gerados pelo novo padrão demográfico brasileiro.