Estado nutricional e nível de atividade física de idosos atendidos por equipe da estratégia saúde da família de Teresina – Piauí.
Idoso, Antropometria, Nível de Atividade Física e Estado Nutricional.
Introdução: A expectativa de vida está aumentando e o envelhecimento populacional está ocorrendo em quase todos os países do mundo, principalmente nos países em desenvolvimento, como no caso do Brasil. Nesse contexto indivíduos idosos estão particularmente susceptíveis à problemas de ordem nutricional, bem como problemas relacionados a inatividade física. Objetivo: Avaliar o nível de atividade física através do questionário IPAQ e o estado nutricional por meio de indicadores antropométricos e da mini- avaliação nutricional de idosos assistidos por equipe da Estratégia Saúde Família de uma Unidade Básica de Saúde da rede municipal de Teresina-PI. Metodologia: Estudo transversal com 252 idosos assistidos por uma equipe da Estratégia Saúde da Família de Teresina- Piauí por meio de entrevistas e medidas antropométricas realizadas no domicílio dos participantes. Para a avaliação do estado nutricional foram utilizados indicadores antropométricos Índice de Massa Corpórea (IMC), Circunferência Muscular do Braço (CMB), Área Muscular do Braço (AMB) e dobra cutânea tricipital (DCT), além da Mini-Avaliação Nutricional (MAN). Para avaliar o nível de atividade física dos idosos utilizou-se o questionário IPAQ versão longa adaptado. A análise estatística foi realizada utilizando o programa Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 14.0, aplicando os testes estatísticos Qui-quadrado, exato de Fischer e o índice kappa, com nível de significância de p<0,05. Resultados: Houve predominância de população feminina na amostra (65,8%). A maioria (43,5%) situou-se na faixa etária de 70 a 79 anos, com média de 73,09 (DP +-7,67) anos. Obesidade e desnutrição foram encontradas, respectivamente, em 40,1% e 16,7% dos idosos, quando o IMC foi utilizado para avaliação do estado nutricional. As proporções de indivíduos desnutridos e em risco de desnutrição pela MAN foram, respectivamente, de 1,6% e 21,0%. A presença de algum grau de desnutrição pela AMB e CMB foi de 40,5% e 97,2%, respectivamente. A prevalência de obesidade pela medida de DCT foi de 29,4%. Quanto ao nível de atividade física, 79,4% dos idosos foram considerados inativos, e apenas 2,4% fisicamente ativos. Não houve associação entre nível de atividade física e estado nutricional. Conclusão: Elevada proporção de idosos apresentava desvio nutricional relacionado com desnutrição ou obesidade. Baixo nível de atividade física é um problema que atingia a quase totalidade do grupo estudado.