MELO, S. R. S. Relação entre as Concentrações Séricas de Leptina e Biomarcadores do Magnésio em Mulheres Obesas. 2019. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-Graduação em Alimentos e Nutrição, Universidade Federal do Piauí, Teresina-PI.
INTRODUÇÃO: A secreção aumentada da leptina presente na obesidade tem sido apontada como um fator que contribui para alterações no metabolismo de nutrientes, dentre eles o magnésio, o que, consequentemente, compromete a atuação relevante desse mineral no organismo. Por isso, o objetivo desse estudo foi de investigar a existência de relação entre as concentrações séricas de leptina e biomarcadores do magnésio em mulheres obesas. METODOLOGIA: Estudo caso-controle envolvendo mulheres na faixa etária entre 20 e 50 anos de idade que foram distribuídas em dois grupos: grupo caso (mulheres obesas, n=52) e controle (mulheres eutróficas, n=56). Foram realizadas medidas do peso corporal, estatura, circunferência da cintura e cálculo do índice de massa corpórea. A análise da ingestão de magnésio foi realizada por meio do registro alimentar de três dias, utilizando o programa Nutwin, versão 1.5. Os parâmetros bioquímicos do mineral foram determinados segundo o método de espectrometria de emissão óptica. A análise das concentrações séricas de leptina foi conduzida utilizando o método de radioimunoensaio. Os dados foram analisados por meio do programa estatístico SPSS for Windows 20.0. RESULTADOS: As concentrações séricas de leptina apresentaram diferença estatística significativa entre os grupos (p<0,01). Os valores médios do consumo de magnésio estavam abaixo das recomendações, sem diferença estatística significativa entre os grupos estudados (p>0,05). As mulheres obesas possuíam concentrações plasmáticas e eritrocitárias de magnésio reduzidas, e o grupo controle mostrou valores dentro dos padrões de normalidade (p<0,05). As concentrações de magnésio encontradas na urina das mulheres obesas estavam superiores ao grupo controle, com diferença estatística significativa (p<0,05). Não houve correlação entre a leptina sérica e os biomarcadores do magnésio avaliados (p>0,05). CONCLUSÃO: O estudo mostra que as mulheres obesas apresentam alterações no status de magnésio, com concentrações reduzidas no plasma e nos eritrócitos e elevadas na urina. Sendo que os valores da excreção urinária estão superiores ao padrão de normalidade. Além disso, os dados obtidos das análises de correlação não evidenciam a provável participação da leptina sobre os biomarcadores de magnésio avaliados.