INTRODUÇÃO: A alta carga ácida da dieta pode impactar negativamente o estado nutricional e o equilíbrio mineral ósseo de pacientes renais crônicos, aumentando o risco de desenvolver osteodistrofia renal. OJETIVO: Investigar a relação entre a carga ácida da dieta, estado nutricional e risco de osteodistrofia renal em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise. METOLOGIA: Estudo transversal, composto por pacientes em hemodiálise, de ambos os sexos e idade entre 18-59 anos. Foram coletados dados demográficos, socioeconômicos, clínicos, hábitos de vida, antropométricos, métodos subjetivos de avaliação nutricional, dados bioquímicos e de consumo alimentar. Para avaliar a normalidade das variáveis aplicou-se o teste Kolmogorov-Smirnov para a igualdade entre os grupos, o teste ANOVA com o pós-teste de Tukey e o teste de Kruskal-Wallis, seguido do pós-teste de Dunn. O teste Qui-quadrado (X2) foi aplicado para verificar associações entre as variáveis categóricas e o exato de Fisher para variáveis categóricas com dados de frequências esperadas menores que cinco. Foi adotado o nível de significância de 5%. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa, sob nº 6.737.457. RESULTADOS: De acordo com Escore de Desnutrição e Inflamação predominou bom estado de nutrição e risco nutricional pela Avaliação Subjetiva Global Modificada. A amostra em sua totalidade apresentou alta carga ácida da dieta e 84,2% desta apresentou risco de desenvolver osteodistrofia renal. CONCLUSÃO: Evidenciou-se alta carga ácida da dieta pelos participantes, contribuindo para uma acidose metabólica de baixo grau, catabolismo proteico, perda de massa muscular e desnutrição, agravando o comprometimento do estado nutricional e acelerando o risco de desenvolvimento de osteodistrofia renal.