Ultrassonografia abdominal em modo-B e doppler de cutias (Dasyprocta prymnolopha, Wagler 1831) e catetos (Tayassu tajacu Linnaeus, 1758) contidos quimicamente
ultrassom, doppler, animais silvestres, catetos, cutias
A falta de conhecimento de aspectos biológicos e reprodutivos de alguns animais silvestres podem de certa forma acarretar o fracasso do manejo reprodutivo de uma determinada espécie em questão. A ultrassonografia é ferramenta de grande valia no dia-dia da clinica, laboratórios e a campo, mais seu uso ainda é parcialmente limitado em animais silvestres, em decorrência principalmente do pouco conhecimento da topografia e anatomia ultrassonográfica de seus órgãos. Este método de diagnóstico por imagem é de suma importância, por fornecer informações em tempo real sobre a arquitetura e características ultrassonográficas dos órgãos, identificando as condições fisiológicas dos tecidos bem como condições patológicas, quando realizado de forma dinâmica. Este trabalho teve como objetivo padronizar a técnica de ultrassonografia abdomjnal em modo B e doppler para sugerir valores de referência morfológicos e de velocidades de fluxo vascular em catetos e cutias. O abdome de 15 catetos e 15 cutias foi avaliado por ultrassonografia. Foi então caracterizado o padrão de ecogenicidade e ecotextura para a parede da vesícula urinparia, rins, baço, parede de estômago, pancreas, adrenais, figado e alças intestinais. As velocidade de pico sistólico e diastólico de vasos abdominais, tais como a aorta foram mensurados e seus valores mostraram-se semelhantes aos observados para espécies doméssticas como o cão e o gato, e guardaram relaçoes de proximidade como o padrão vascular em humanos, tanto em catetos, quanto em cutias. Os fluxos renais e hepáticos foram mensurados considerndo ângulos de insonação menores que 20 graus, sendo determinadas suas velocidades de fluxo e índices de resistência vascular e pulsatilidade. A avaliação ultrassonográfica avançada nas espécies silvestres (catetos e cutias) permitiram descrever pela primeira vez os valores ultrassonográficos e hemodinâmicos de referência para estas espécies, agregando informações valiosas para a conservação desses animais, especilamente em cativeiro.