CULTIVO, ISOLAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE PROGENITORES CELULARES DA MEDULA ÓSSEA DE CAPRINOS NATIVOS DO ESTADO DO PIAUI
Caprino, cultivo celular, plasticidade, células-tronco.
A medula óssea (MO) tem sido pesquisada como uma das mais vigorosas fontes de células-tronco. No homem é capaz de produzir aproximadamente seis bilhões de células por quilograma de peso corporal por dia, destacando-se entre elas células mononucleares, cuja aplicação em transplantes têm se destacado pela presença de progenitores hematopoiéticos e mesenquimais neste “pool” de células. São constantes as tentativas de estabelecimento de novos modelos animais para estabelecimento de linhagens que possam ser estudadas para fins de terapia celular. O objetivo deste estudo foi caracterizar progenitores celulares cultivados in vitro, a partir da medula óssea, utilizando caprinos nativos da região Nordeste do Estado do Piauí (Brasil), como modelo animal. Os aspirados de medula óssea foram obtidos a partir da crista da tíbia e posteriormente semeadas em placas de cultura para a realização do isolamento, expansão e caracterização por Citometria de fluxo para verificara a expressão dos marcadores Oct-3/4, PCNA, Ck-Pan, Vimentina, Nanog. Em cultura, os progenitores celulares demonstraram forte tendência na formação de colônias, pela presença de agregados celulares, exibindo morfologia fibroblastóide. A confluência em cultura foi obtida após 14 dias de cultivo, assim como a progressiva redução de células mononucleares não aderentes. Após a primeira passagem foi observada uma viabilidade celular de 94,36%, a partir de 4,6 x 106 células/mL inicialmente cultivadas. As células submetidas à citometria de fluxo demonstraram expressão positiva para Oct-3/4, PCNA, Ck-Pan, Vimentina, Nanog. Deste modo, os progenitores celulares obtidos a partir da medula óssea de caprinos demonstraram a expressão de marcadores também presentes em células-tronco embrionárias (Oct-3/4, Nanog), marcadores de proliferação celular (PCNA) e de células mesenquimais (Vimentina e Ck-pan), que associados às características morfológicas e de crescimento em cultura, sugerem a existência de uma população de MSC na medula óssea dos caprinos estudados