Capacidade anti-micotoxina da parede celular de levedura e de probióticos comerciais para controle in vitro de aflatoxina B1
Adsorção; Bactérias; Leveduras; Piscicultura, Saccharomyces cerevisiae
Esta pesquisa teve o objetivo de avaliar a capacidade anti-micotoxina de probióticos comerciais para controle in vitro de aflatoxina B1 (AFB1) e ocratoxina A (OTA). Para avaliação in vitro foram utilizados três probióticos comerciais: probiótico A composto por levedura inativada, da espécie Saccharomyces cerevisiae; um probiótico B formado por Bacillus subtilis, Bifidobacterium bifidum, Enterococcus faecium e Lactobacillus acidophilus e um probiótico C composto por Bacillus subtilis, Bacillus licheniformis e Bacillus pumilus. A quantidade recomendada por cada fabricante para adição do probiótico na ração é de 3kg/tonelada para o probiótico A, 10kg/ tonelada para o probiótico B e 6kg/tonelada para o probiótico C, para animais adultos. A quantidade de probiótico utilizada para o preparo das diluições foi calculada para 10mL de água. Para simular o pH do trato gastrointestinal de peixes de tilápias da espécie Oreochromis sp., foram formuladas soluções em tampão fosfato salino (Phosphate Buffered Saline, PBS), com pH de 1,5 e 7,5, para simular o pH do estômago e intestino, respectivamente. Foram utilizados diferentes concentrações de probióticos (0%, 25%, 50%, 75% e 100%) em microtubos, em triplicata. Alíquotas de 500µL de AFB1 e OTA foram agregadas separadamente a cada eppendorf contendo 500µL de PBS com as diferentes concentrações dos probióticos A, B e C, obtendo-se um volume final de 1000µL (1 µg/mL). A detecção e quantificação de OTA e AFB1 foram realizadas por cromatografia líquida de alta eficiência. Os tratamentos foram distribuídos um delineamento em inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x3x5, sendo realizada uma análise de variância pelo teste SNK a 5% (P<0,05). Probióticos comerciais a base bactérias e de leveduras são pouco eficientes como aditivos anti-micotoxinas para controle in vitro de Aflatoxina B1 e de Ocratoxina A. Os que têm como base Bacillus são mais eficientes do que os compostos por bactérias ácido láticas e por Saccharomyces cerevisiae para aflatoxina B1 e para ocratoxina os melhores resultados foram obtidos com Saccharomyces cerevisiae.