Raça Anglonubiana, exótica ou naturalizada no Brasil?
adaptação, bioclimatologia, calor, desempenho, parâmetros fisiológicos.
Nesta pesquisa foram utilizadas fêmeas da raça Anglonubiana para avaliar a adaptabilidade da raça às condições climáticas de Teresina, PI - Brasil. As freqüências, cardíaca (FC) e respiratória (FR) e a temperatura retal (TR) foram coletadas em cinco horários do dia, nas épocas seca (outubro/novembro) e chuvoso (fevereiro/março), com os animais à sombra. Nos mesmos dias e horários foram coletadas a temperatura ambiente (TA) e a umidade relativa do ar (UR), utilizando um termohigrômetro. As diferenças entre as médias foram detectadas através do teste de Tukey. Os resultados foram obtidos em dois períodos respectivos: no período seco, FC (bat./ min.) = 97,0±18,3; FR (mov./min.) = 34,4 ±13,3; e TR (oC) = 39,4±0,4 e no período chuvoso, na mesma ordem de raças, FC = 82,5±6,0; FR (mov./min.) = 26,7±5,5; TR (oC) = 39,4±0,4. Como as fêmeas são animais que permanecem longo tempo no rebanho, os valores dos parâmetros fisiológicos que apresentaram nesse estudo podem ser vistos como indícios suficientes para considerar que a raça Anglonubiana deve ser classificada como já naturalizada na região, e, considerando o tempo que foi introduzida no país, não é pertinente tratá-la como raça exótica no Brasil.