Caprinos nativos do Brasil, são proveniente de raças nativas da europa, trazidas por nossos colonizadores protuqueses. Eram utilizados por estes como fonte de carne, leite e pele, com alta rusticidade e adaptabilidade. Os animais nativos do Brasil apresentam características comuns como: pequeno porte, pêlo curto, orelhas eretas e baixa produção de leite, diferenciando-se apenas pela cor da pelagem. São em sua maioria constituídos de animais SRD (Sem Padrão Racial Definido), oriundos de cruzamentos entre os nativos e, de nativos com raças indianas e européias. Os de padrão racial definido representam uma minoria, sendo os principais tipos o Moxotó, Canindé, Repartida e Marota (MASON, 1980). Alguns autores reconhecem outros tipos de menor expressão que são: Gurguéia, Biritinga, Azul, Craúna, Nambi e Orelha de Onça (BARROS, 1987). Mesmo com baixa produtividade, quando comparado com as raças europeias e indianas, os caprinos naturalizados apresentam grande potencial produtivo a ser explorado. Fonte de grande variabilidade genética e com valor histórico, os caprinos naturalizados desempenham um papel importante para a região semi-árida do Nordeste do Brasil. Juntamente com a agricultura de subsistência, a caprinocultura de animais nativos são responsáveis pela fixação do homem ao campo, por serem uma fonte de proteína animal de alto valor biológico disponível para as populações de baixa renda. Nesse contexto as biotecnicas aplicadas a reprodução animal, vem em auxilio da agropecuária, casando assim, a rusticidade e adaptabilidade, com alta produção de carne e leite por exemplo. A criopreservação de sêmen caprino vem agregar e facilitar a disponibilidade desse material de alto valor genético, possibilitando que características de raças indianas e europeias sejam utilizadas no semiárido brasileiro. No entanto a criopreservação também traz consigo alguns problemas, sendo o mais comum a diminuição de espermatozoides viáveis após o descongelamento, devido principalmente à produção de espécies reativas de oxigênio (ROS) que provocam uma desestabilização das enzimas da família das serino proteases, provocando uma capacitação espermática induzida pelo frio. Nesse contexto, este trabalho foi realizado com o objetivo de avaliar os efeitos de diferentes concentrações de substancias antioxidante. Foi itilizado ácido elágico 90% de pureza em três concentrações (0,5 mM, 1,0 mM e 2,0 mM), β-cariofileno em três concentrações (1,0mM, 2,0 mM e 3,0 mM) e ácido elágico 95% de pureza em três concentrações (0,5 mM, 1,0 mM e 2,0 mM) na suplementação ao diluidor de congelamento de sêmen bovino. Quarenta e oito ejaculados de seis caprinos, sem padrão racial definido, foram usados para criopreservação espermática. Espermatozóides criopreservados em diferentes concentrações de antioxidantes foram submetidos à análise pós-descongelamento, da motilidade espermática assistida por computador (CASA) para avaliar as características da cinética espermática. As espécies reativas ao oxigênio (ROS) intracelular foram detectadas pela citometria de fluxo utilizando o corante carboxy-H2DCFDA e a microscopia de epifluorescência utilizada para determinar a integridade acrossomal, integridade da membrana plasmática e potencial de membrana mitocondrial. Utilizou se a microscopia de contraste de fase para avaliar a motilidade total e o vigor espermático no teste de termo resistência (TTR), nos tempos de 0, 60, 120 e 180 minutos. NA avaliação da integridade da membrana todos os grupos testes foram piores que o controle, já na avaliação do potencial de membrana mitocondrial o grupo ácido elagico com 90% de pureza e concentração 1,0 mM se mostrou melhor que o controle. Na avaliação da integridade acrossomal, o grupo ácido elágico 95% concentração 0,5 mM foi melhor que o controle, e a concentração mais alta foi a inferior.