A partir dos anos 60 ocorreu expansão mundial e brasileira da produção avícola industrial,
tal crescimento pode ser justificado, principalmente, pela evolução de áreas do conhecimento
como genética, nutrição, ambiência e até mesmo em sanidade (FONTEQUE et al. 2014).
Dentro dos desenvolvimentos científicos e tecnológicos direcionados os mais variados setores
das atividades agropecuárias, surgiram os sistemas alternativos de produção de aves, como os
utilizados na criação de galinhas caipiras ou de capoeira vinculados aos sistema tradicionais. E
esses novos modelos vieram para atender às novas demandas dos consumidores, preocupados
com a saúde, segurança alimentar e até mesmo com a sustentabilidade (CARIOCA JUNIOR et
al. 2015).
Gallus gallus domesticus, pertence ao grupo de aves galiformes e fasianídeas, sendo
encontrada em todos os continentes do planeta. As aves caipiras foram introduzidas na época
do descobrimento do Brasil, originária de quatro ramos genealógicos distintos, o americano, o
mediterrâneo, o inglês e o asiático (PERRINS, 2003). São aves que se destacam pela sua
rusticidade, prolificidade, resistências a parasitas e a doenças de alta variabilidade genética
(EGITO et.al.,2002).
As galinhas caipiras, desprovidas de pigóstilo (conjunto formado pelas últimas vértebras
caudais em uma ossificação, onde estão inseridas a musculatura e as penas das caudas das
aves), denominadas de “Suru”, “Sura”, “Suruco”, “Surô”, “Cotó” ou “Rabicó”, constituem uma
variedade pouco explorada cientificamente (SILVA et al. 2019). Desse modo, o estudo das
características fenotípicas dos ovos e das galinhas é de grande relevância para programas de
preservação, conservação e utilização dos recursos genéticos.