Variação do ambiente, dos parâmetros fisiológicos e do pelame de ovinos, ao longo do ano, na sub-região Meio-Norte do Brasil
FREQUENCIA RESPIRATÓRIA, PELOS, CONFORTO TÉRMICO, TAXA DE SUDORESE
O maior efetivo ovino do país está no Nordeste, composto por animais deslanados e semi-deslanados, criados extensivamente, com pouca tecnologia, que culmina com baixos índices zootécnicos. O clima quente prevalente na região tem importante contribuição no sistema de produção, direta ou indiretamente. Dessa forma, o conhecimento da capacidade de adaptação das diferentes raças aliado ao conhecimento do ambiente onde serão inseridos pode reduzir as perdas pelo estresse térmico e incrementar a produção. Com esse trabalho objetivou-se caracterizar o ambiente térmico quanto à influência da época do ano sobre o comportamento termorregulatório de ovinos no clima Aw tropical. Também avaliou-se a variação na taxa de sudação e características do pelame de ovinos dos genótipos Dorper, Santa Inês e Morada Nova, criados no mesmo clima. O ambiente foi caracterizado por meio da temperatura do ar, umidade relativa do ar, velocidade do vento e índices de conforto térmico. A resposta dos animais às condições do ambiente foi avaliada pelos parâmetros fisiológicos: temperatura retal, frequências respiratória e cardíaca de. Para avaliar o pelame dos animais foram mensuradas a espessura da capa, comprimento e número de pelos, além de ângulo de inclinação dos pelos. Verificou-se que a sub-região apresenta três períodos climáticos distintos onde o período ameno e seco demonstrou menor potencial estressante para os animais, e que os ovinos da raça Santa Inês sofreram menos com o estresse térmico. Quanto ao pelame verificou-se que os períodos climáticos influenciaram as características do pelame, espessura, posicionamento e na taxa de sudorese dos animais. As raças Santa Inês e Morada Nova demonstraram características do pelame e taxa de sudorese adaptativos ao ambiente estudado. Os animais Dorper também mantiveram a temperatura retal e frequência respiratória dentro dos limites fisiológicos da espécie, demonstrando capacidade adaptativa ao clima tropical Aw. Constatou-se com base na taxa de sudorese que houve menor o esforço dos animais no período ameno e seco para manter a temperatura corpórea dentro dos limites fisiológicos.