ESTUDO DAS ATIVIDADES ANTI-INFLAMATÓRIA E ANTIOXIDANTE COM ENSAIOS TOXICOLÓGICOS IN VITRO E IN VIVO DA Samanea tubulosa benth.
Toxicologia
MTT
Produto natural
Inflamação
Bordão de velho
Samanea tubulosa é uma planta popularmente utilizada na alimentação animal e em tratamentos de infecções de pele e infestações parasitárias com poucas evidências científicas. O presente estudo teve como objetivo investigar a atividade anti-inflamatório e efeitos antioxidantes do extrato etanólico de Samanea tubulosa (EEST) bem como avaliar a toxicidade através de modelos experimentais como Toxicidade aguda (in vivo) e Citoxicidade (in vitro) usando camundongos Swiss. Os estudos de toxicidade aguda foram realizados conforme as orientações da OCDE 425, onde o limite dose-teste foi de 5.000 mg/kg (DL50). As observações foram feitas e registradas sistematicamente nos dias seguintes após administração da dose para alterações de pele, morbidade, agressividade comportamento dos animais dentre outros. Testes de MTT e hemólise foram realizados com concentrações 6,25 a 800 µg/ml. No que tange a atividade anti-inflamatória foi usado a carragenina para induzir edema de pata, sendo feita a avaliação histológica, contagem total e diferencial de células inflamatórias, atividade da mieloperoxidase e permeabilidade vascular. Além disso, para avaliar a atividade antioxidante, foram realizados ensaios sequestradores de radicais hidroxila, NO e TBARS. Não houve variação significativa (p < 0,05) no peso dos órgãos entre o grupo controle e o grupo tratado após 14 dias de tratamento. Ambos os testes citotóxicos não apresentaram alterações significativas capazes de exibir um efeito citotóxico. No entanto, EEST 25, 50 e 100 mg/kg mostrou inibição do edema em 3h (pico de resposta inflamatória induzida por carragenina) com a máxima dose efetiva 100 mg/kg, com 91.80% de inibição. Entretanto, o EEST não apresentou redução na permeabilidade vascular. Todos os testes antioxidantes mostraram um bom potencial, diminuindo todos os valores, onde a dose de 800 mg/mL mostrou os resultados mais eficazes em todos os ensaios realizados. Assim, estes resultados sugerem que o EEST possui efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes, podendo ser usados com segurança nas doses estudadas o que vem a sugerir os resultados dos ensaios de toxicidade a nível celular e sistêmico.