Indivíduos com hipomineralização molar-incisivo (MIH) apresentam pior qualidade de vida e um dos fatores atribuídos à pior qualidade de vida desses indivíduos é a hipersensibilidade dentinária (HD). O objetivo desse estudo foi determinar a prevalência de HD em indivíduos com MIH. Este estudo transversal foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí (Parecer: 2.563.656). Participaram do estudo crianças/adolescentes atendidos em Clínica Odontológica Infantil. Foram incluídos indivíduos que apresentaram os quatro primeiros molares permanentes completamente erupcionados no momento do exame e que possuíam pelo menos um molar afetado pela MIH e um molar livre de defeito. O diagnóstico de MIH foi feito segundo critérios propostos pela Academia Europeia de Odontopediatria. A avaliação da HD foi realizada por estímulo evaporativo e a resposta do paciente foi registrada em duas escalas: Escala Analógica Visual (VAS) e escala de Schiff para sensibilidade ao ar frio (SCASS). Quarenta pacientes foram submetidos ao teste de HD. Segundo a escala VAS, a prevalência de HD em dentes hipomineralizados foi de 28,0% e de 9,4% nos dentes sem defeito (p=0,002). De acordo com a escala SCASS 10,7% dos dentes hipomineralizados apresentaram HD e nenhum dente sem MIH apresentou HD (p=0,002). Houve diferença significativa entre a HD e a coloração do dente hipomineralizado (p<0,001 e p=0,001) e indivíduos mais velhos apresentam HD com maior frequência (p<0,001 e p=0,023) nas escalas VAS e SCASS, respectivamente. Conclui-se que a prevalência de HD em dentes hipomineralizados é alta e está associada com a idade do indivíduo e a coloração da lesão hipomineralizada.