INTRODUÇÃO: Pacientes em estado crítico em unidades de terapia intensiva (UTIs) enfrentam riscos graves de complicações, incluindo alterações bucais devido ao uso de medicamentos, formação de biofilme bucal, e desenvolvimento de complicações sistêmicas, como pneumonias nosocomiais e endocardite bacteriana. Apesar da utilização de escores de gravidade para avaliar a condição dos pacientes, as implicações das manifestações bucais não estão completamente compreendidas. OBJETIVO GERAL: Avaliar a condição de saúde bucal em pacientes internados em UTI de um Hospital de Público Urgência em Teresina, Piauí, e investigar suas associações com o prognóstico clínico desses indivíduos. MATERIAIS E MÉTODOS: Será realizado um estudo observacional longitudinal com uma amostra de conveniência composta por pacientes admitidos na UTI ao longo de seis meses. Serão coletados dados sociodemográficos e sistêmicos dos prontuários, que serão utilizados para calcular os escores de prognóstico SOFA e SAPS 3. Para caracterizar a condição bucal, os pacientes serão submetidos a exames de acordo com os critérios da OMS, SB-Brasil 2010 e SB-Brasil 2020. A condição dos tecidos moles da boca será avaliada em relação a alterações usando a Escala Modificada de Lesão por Pressão da Mucosa Oral (ROMPIS-M) ou a Beck Oral Assessment Scalemodified (BOAS-M). A presença de biofilme dental será avaliada por meio do Índice de Higiene Oral Simplificado (IHO-S), e a saburra lingual será analisada com o Índice de Saburra Lingual. Os dados serão coletados em três momentos: nas primeiras 48 horas após a admissão na UTI (T0), após 48 horas da avaliação inicial (T3) e 96 horas após a avaliação inicial (T5).