A proposta de aplicação da aula de campo na Geografia, como estratégia de ensino, apresenta dificuldades do ponto de vista logístico, porém os benefícios que esta estratégia possibilita ao aprendizado dos estudantes justifica a insistência em sua realização no âmbito da escola básica. Nesta pesquisa, buscamos investigar a aula de campo na perspectiva da Teoria da Aprendizagem Significativa. Assim, destacamos essa estratégia como estimuladora da participação fundamentada, ativa e reflexiva dos alunos no processo de aprendizagem escolar. A metodologia adotada envolveu a realização de um estudo de caso qualitativo com duas turmas de 6º ano em uma escola pública de Lagoinha do Piauí, explorando a aula de campo na perspectiva da Teoria da Aprendizagem Significativa (TAS). Os resultados obtidos revelaram que a aula de campo proporcionou aos alunos uma experiência prática enriquecedora, permitindo a observação direta e o contato com o objeto de estudo, no caso, as paisagens transformadas pelo trabalho humano. A interação direta com o espaço geográfico estimulou a reflexão crítica dos alunos, contribuindo para uma compreensão mais profunda e duradoura dos conhecimentos geográficos. Logo, conclui-se que a aula de campo é uma importante ferramenta pedagógica que aproxima teoria e prática, incentivando a construção de conhecimentos mais significativos e contextualizados, emergindo como uma oportunidade ímpar de transformar a maneira como os alunos percebem e se relacionam com o mundo que os cerca, preparando-os para serem cidadãos mais conscientes e engajados com as questões socioambientais e de produção do espaço geográfico. Além desses aspectos relacionados ao aprendizado da geografia, o aluno também desenvolve habilidades de leitura e de cooperação corroborando para a construção do julgamento crítico. Assim, a proposta de aula de campo na Geografia se revela como um recurso importante para promover uma educação geográfica mais crítica, reflexiva e transformadora.