ANÁLISE TEMPORAL DA TEMPERATURA DA SUPERFÍCIE DE TERESINA (PI)
MEDIANTE O USO DE IMAGENS DE SATÉLITE
Palavras-chave: Clima urbano. Sensoriamento remoto. Cidade de Teresina.
RESUMO
A cidade apresenta-se como a grande expressão geográfica da atualidade sendo crescente sua importância espacial, demográfica, socioeconômica e cultural, fato que revela um mundo cada vez mais urbano. Nesse sentido, são nos espaços urbanos, sobretudo nas médias cidades e metrópoles dos países não desenvolvidos que se encontram de modo mais expressivo os problemas de ordem ambiental, dentre os quais, aqueles relacionados ao clima. A urbanização provoca notáveis transformações sobre as condições locais do clima. Assim, compartilhando a concepção de Monteiro (1976), entendemos o clima urbano como um sistema que abrange o clima de um dado espaço terrestre e sua urbanização. O clima urbano é específico para cada cidade, pois resulta da conjugação dos fatores climáticos naturais e os fatores climáticos antrópicos, que vão produzir modificações sobre a atmosfera da cidade. Nesta perspectiva, esta pesquisa que aqui se apresenta tem como objetivo geral: analisar, temporalmente, a temperatura da superfície de Teresina (PI) com o uso de imagens de satélite, objetivando demonstrar as consequências decorrentes da urbanização nesse processo. Os específicos, são os que seguem: 1) Compreender as consequências do aumento da densidade de construção para a temperatura na cidade de Teresina (PI); 2) Caracterizar a relação entre crescimento da cidade e supressão da vegetação em Teresina (PI); 3) Explicar a relação entre a temperatura da superfície e o albedo na cidade de Teresina (PI); 4) Discutir os dados de temperatura da superfície da cidade de Teresina (PI), obtidos a partir da interpretação das imagens de satélite. Para atingir esses objetivos pretendemos utilizar imagens de satélite da cidade em três momentos distintos: agosto de 1985, agosto de 2000 e agosto de 2014. Para a extração dos dados de temperaturas dessas imagens será utilizada a Linguagem Espacial para Geoprocessamento Algébrico – LEGAL, implementada no software Spring 5.2, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Para a geração das cartas de temperaturas será utilizado o software ArcGis 10.1 da empresa ESRI.