RESUMO
O processo de transformação das cidades é desencadeado por uma série de ações antrópicas. A cidade tem se expandido, substituindo o que antes era vegetação por cobertura urbana, alterando a dinâmica natural do meio. É nesse contexto muito comum nas cidades do mundo, que surgiu o clima urbano, esse, caracterizado por sua singularidade local e própria dinâmica climática. Isso se deve ao fato de que cada cidade possui suas próprias características naturais e artificiais, que, dependendo de suas feições físicas, da sua localização, das atividades presentes no espaço urbano e o tipo de cobertura do solo provocam mudanças, criando um clima local. Nesse contexto de expansão e mudanças, Teresina, capital do estado do Piauí, se encontra em um contínuo processo de expansão urbana, causando um adensamento horizontal e periférico dos seus limites. Como alternativa no auxílio no panorama ambiental atual, o Geoprocessamento está sendo a cada dia mais utilizado dentro da ciência, pois possibilita resultados eficazes e condizentes com o mundo real, sendo uma ferramenta que facilita na tomada de decisões. Dentro dessa perspectiva, o presente trabalho tem como seu principal objetivo analisar as técnicas de Sensoriamento Remoto como ferramenta importante para a definição de indicadores de clima urbano na cidade de Teresina – Piauí. Para isso, objetivos específicos foram traçados: i) Explicar a aplicação do sensoriamento remoto nos estudos do clima urbano; ii) Definir, através do Processamento Digital de Imagens, os indicadores físico-ecológicos como parâmetros analíticos de clima urbano em Teresina; iii) Desenvolver um índice síntese de clima urbano por meio da hierarquização e álgebra de mapas a partir dos indicadores obtidos por dados de Sensoriamento Remoto, e iv) Apresentar o mapa de clima urbano para Teresina e sua relação com o uso e cobertura do solo na cidade. Para isso, foram utilizados uma imagem do satélite Landsat 8 do dia 01 de outubro de 2018 e o software Qgis para o processamento dos dados e criação dos mapas. Como resultados preliminares, os mapas de temperatura, vegetação, corpos hídricos, e urbanização foram gerados para posterior análise dos seus resultados e desenvolvimento do mapeamento final