A inclusão escolar de estudantes com deficiência visual é um desafio constante para os gestores e docentes da educação básica. Dentro de uma perspectiva inclusiva os docentes precisam estar preparados para ensinar a todos indistintamente. Assim, é necessário que os cursos de licenciatura em Geografia possam ensinar estratégias no intuito de incluir e acolher a diversidade e as diferenças, especialmente, no que diz respeito ao Público-Alvo da Educação Especial (PAEE), realizando as adequações necessárias para que sejam eliminadas as barreiras que os impeçam de aprender. No processo de ensino - aprendizagem os recursos didáticos são fundamentais para a compreensão de conteúdos conceituais relacionados aos componentes curriculares. No caso da Geografia, os mapas, gráficos e tabelas, assim como, imagens táteis, música, audio-books, vídeos com audiodescrição, entre outros, ampliam a possibilidade de entendimento dos fenômenos geográficos. Esta pesquisa teve como objetivo analisar as práticas de ensino nas aulas de Geografia do Ensino Fundamental (anos finais), em uma escola pública de Teresina, PI com vista a permitir a aprendizagem de estudantes cegos. E, por objetivos específicos: a) caracterizar os recursos didáticos e a Tecnologias Assistivas a serem utilizada nas Aulas de Geografia com os DV; b) discorrer sobre as práticas pedagógicas utilizadas nas aulas de Geografia e os recursos didáticos adequados para a aprendizagem dos conteúdos geográficos estudados com os DV; c) propor uma sequência didática inclusiva dos conteúdos geográficos estudados.O trabalho usa como fundamentação autores relacionados à educação, como Vasconcellos (1993), Castellar (2005), Sá e Campos (2022),Lemos e Cerqueira (2014),Loch (2008), Gilvan (2021), Nogueira (2016), Silva (2023), Medeiros (2019). A pesquisa é de natureza qualitativa do tipo estudo de caso e a metodologia está subdividida em pesquisa bibliográfica, pesquisa documental (PCNs, BNCC) e pesquisa de campo utilizando como técnicas a observação direta e as entrevistas com a gestão escolar (Direção, Coordenação), docente de Geografia, docente de AEE e estudante com DV. Os resultados apresentados dizem respeito aos dados da pesquisa de campo na escola pública de Teresina, na qual constatou-se que não existe currículo inclusivo embora no Projeto Político Pedagógico, menciona-se a inclusão escolar como a existência de estudantes com deficiência frequentando a instituição. Constatou-se, também, que a inclusão escolar depende de docentes qualificados em educação especial, infraestrutura física, recursos didáticos adaptados e interlocução entre os professores especialistas e os profissionais do Atendimento Educacional Especializado.