Em 1500, quando os portugueses descobriram o nosso território, teve origem um dos maiores problemas sociais existente no país, pois foi a partir da má destruição de terras que muitas pessoas pobres foram deixadas de fora do processo de aquisição das terras. Essa má distribuição gerou os grandes latifúndios, ou seja, grandes lotes de terras foram cedidos aos burocratas e comerciantes que tinham dinheiro para investir. O processo de distribuição das terras que teve origem no período colonial se perpetuou até os dias atuais, pois não houve a efetivação da Reforma Agrária. Contudo, por meio das lutas camponesas foram criadas políticas públicas que favoreceram a criação de assentamentos rurais, mas continua a falta de interesse em relação a questão agrária no país. Salienta-se que na Primeira República ocorreu transferências de terras públicas para o poder de particulares, sendo elaboradas leis para ampliação da má distribuição de terras. Diante dessa realidade imposta pelos governantes do Brasil, os camponeses lutaram e continuam lutando pelo acesso à terra. Esta pesquisa questiona se as políticas públicas implantadas pelos níveis de governos têm favorecido o empoderamento social dos assentados e contribuído para o desenvolvimento socioeconômico dos assentamentos? O objetivo geral visa analisar o desenvolvimento socioeconômico e ambiental dos assentamentos Santana Nossa Esperança e Nossa Vitória, tendo como base as políticas públicas implementadas no período de 2005 a 2017. A metodologia empregada para a realização da investigação consistiu nas seguintes etapas: levantamento bibliográfico da literatura básica referente ao conteúdo da Geografia Agrária, estudos referentes a distribuição de terras no Brasil e as lutas camponesas para a criação de assentamentos rurais, análise documental sobre registros oficiais do processo de criação dos assentamentos Santana Nossa Esperança e Nossa Vitoria e pesquisa de campo para caracterização e verificação dos fenômenos investigados na área pesquisada. Por meio da pesquisa constatou-se que na área em estudo há carência de políticas públicas de desenvolvimento para os assentados.