Desde os tempos antigos, produtos naturais de origem animal e vegetal são importantes para a saúde humana. Os produtos naturais constituem um complexo imenso de estruturas químicas para o tratamento de várias doenças, incluindo distúrbios que geram dor. Grande parte dos medicamentos disponíveis no mercado, muitas vezes não são eficazes, sendo necessária, em algumas circunstâncias, a realização de modulações para potencializar os respectivos efeitos terapêuticos. Entretanto, as plantas produzem uma grande pluralidade de metabólitos secundários que possuem como objetivo garantir proteção das mesmas, gerando consideráveis efeitos tóxicos. Dentro desse contexto, destacam-se os monoterpenos que são os metabólitos secundários das plantas com duas unidades de isopreno (C5H8), e que são constituintes básicos voláteis de óleos essenciais aromáticos, constituindo 90 % dos óleos essenciais. Assim sendo, testes de toxicidade são de extrema importância e nesse contexto o estudo teve objetivo de avaliar a toxicidade do Óxido de Rosas em modelos in vitro e in sílico. O óxido de rosa foi disponibilizado pelo Dr. Anderson Nogueira do Laboratório de Inovação em Ciências e Tecnologia (LACITEC/UFPI). Para avaliação in sílico foi utilizada a plataforma ADMETLab 3.0, onde o smile da substância foi adicionado e a partir disso dados físico químicos e de toxicidade foram coletados, para avaliação in vitro da toxicidade em larvas de Zophobas morio, a análise foi feita em duplicata com diluição da substância para obtenção das doses de 300, 30 e 3 mg/kg que foram administradas na hemocele do tenébrio. No teste de hemólise foram utilizados eritrócitos de Canis lupus familiaris, com análise em triplicata as amostras foram centrifugadas a 3000 rpm por 5 minutos e quantificada a presença de hemoglobina. No que diz respeito aos resultados, conclui-se que o Óxido de Rosas de acordo com o estudo in silico, não apresenta mutagenicidade, nem carcinogenicidade, classificando-se na categoria II no que diz respeito à Toxicidade Oral Aguda, apresentando média toxicidade e um bom perfil de segurança. No que se refere ao estudo in vivo realizado com larvas de Zophobas morio, inferese que o Óxido de Rosa apresentou
baixa toxicidade no teor de melanização, bem como na taxa de sobrevivência. Ademais, o composto analisado não apresentou atividade hemolítica considerável no teste in vitro. Assim sendo, conclui-se que o Óxido de Rosa é um possível candidato a fármaco promissor no futuro devido a suas propriedades farmacológicas e por possuir baixa toxicidade e um bom perfil de segurança.