A CONSTITUIÇÃO DA PROFESSORALIDADE DO BACHAREL DOCENTE: o aprender a ensinar na Educação Superior
Docência Superior. Professor Bacharel. Professoralidade.
A atual dinâmica da conjuntura globalizada e seus consequentes desafios inerentes aos diversos âmbitos da vivência humana, remete a uma reflexão sobre a atuação do bacharel docente atuante no ensino superior, exigindo deste uma formação que atenda aos requisitos da contemporaneidade. Diante deste cenário, o bacharel docente muito mais que um repertório técnico caracterizado pelo conhecimento comum a sua formação específica, necessita de um espírito crítico e reflexivo, dotado de um conjunto de conhecimentos didáticos e pedagógicos, que o habilite para a docência. Diante desta realidade, o presente estudo tem como foco a atuação do professor bacharel da Universidade Federal do Piauí - UFPI, considerando a sua formação e sua prática profissional. Apresenta como objetivo geral, analisar as histórias de vida de professores bacharéis, no que concerne aos saberes, práticas e aprendizagens que constituem a professoralidade no exercício da docência superior. Tem como suporte os seguintes objetivos específicos: descrever as trajetórias formativas dos professores bacharéis que atuam no ensino superior; caracterizar tempos e espaços que colaboram na construção de professoralidade no ensino superior; e, analisar o processo de aprendizagens construídas na experiência profissional do professor bacharel no contexto da docência universitária. Desenvolve-se por meio da pesquisa qualitativa, na modalidade narrativa, viabilizada pelo método autobiográfico. Emprega como instrumentos de registro dos dados narrativos, o Memorial de Formação e a Entrevista Narrativa. Organiza e analisa os dados empregando as três fases elencadas por Bardin (2011): 1ª Fase – Pré-análise, objetiva um contato prévio com as informações contidas nos instrumentos de pesquisa; 2ª Fase – Exploração dos materiais compreendida como o momento de organização e categorização dos dados emergidos dos relatos e registros aubiográficos; 3ª Fase – Tratamento dos resultados, momento em que, pautado em referencial teórico, atribuir validade e significado aos dados obtidos. O substrato teórico apoia-se nas concepções de Bittar (2006), Masetto (2003), Teixeira (2005), Nóvoa (1992, 2000), Schön (2000), Tardif (2002), dentre outros, que estudam a temática. No campo metodológico, segue as articulações de Bogdan e Biklen (1994); Josso (2010); Nóvoa e Finger (2010); Souza (2006), entre outros.