ENTRE OCÓS, TRUQUES E ATRACQUES: a produção de confetos sobre as experiências de educadoras sociais
Trans no projeto TRANSFORMAÇÃO
Experiencias Educativas. Corpos Trans. Sociopoética.
Pode um corpo Trans educar? Tomando como disparador esta questão, esta pesquisa direciona-se a analisar o pensamento das educadoras sociais Trans, por meio dos confetos produzidos, sobre suas experiências educativas no projeto social TRANS FORMA AÇÃO na cidade de Teresina-PI. Neste sentido, este trabalho deu vazão às seguintes questões que o nortearam: o que se faz problema nas experiências educativas das Trans enquanto educadoras sociais? Quais dispositivos pedagógicos criam as educadoras sociais Trans ao produzirem pensamento sobre suas experiências educativas nos espaços onde atuam? Como possibilitar outras formas de pensar os processos sexopoliticos Trans no encontro com as formar instituídas de pensar esta sexualidade? Quais os saberes elaborados pelas TRANS sobre suas experiências educativas de educadoras sociais? Estas questões, no processo desta pesquisa, dialogaram com os seguintes autores/as Foucault(2013; 2010; 1988), Leite Jr. (2008), Bento(2012), Le Goff (2006), Miskolci ( 2012) Delemeau (2009), Kant(1985), Preciado (2011) dentre outros. De modo a transitar por estas questões fizemos uso método de pesquisa da sociopoética permeado pelas leituras de Gauthier (2012;2003;1998), Adad ( 2014) e Petit (2014). Este método é concebido por cinco princípios norteadores, quais sejam: 1- pesquisar entre as pessoas de um grupo; 2-pesquisar com as culturas de resistência, das categorias e dos conceitos que produzem;3- Pesquisar com o corpo todo;4-Pesquisar utilizando técnicas artísticas;5-Importancia da responsabilidade ética, noética e espiritual do grupo-pesquisador no momento do processo de pesquisa. Assim foi possível a produção coletiva dos dados que deram vazão a confetos acerca do tema gerador: O que é educar na relação com o gênero. A produção dos dados deu-se por meio de duas técnicas: A primeira foi o Estandarte do educar na relação com o gênero que nas análises dos dados foi possível perceber a produção dos seguintes confetos: Educar circuitando garrafa pet, Formação com conflito, Educar para a diversidade das cores da bandeira, Pontos coloridos do educar na relação com o gênero, Educar morde e assopra, Educar para cidadania na relação com gênero, Problemas bolha tumor-negro da viadagem, Problemas canal pornô do educar. Já na segunda técnica denominada de Corpo do Educar Relação com o gênero as produções deram vazão aos confetos a seguir: Educar saia de chita para a diversidade na relação de gênero, Educar travesti na relação com o gênero, Educadora corpo Trans saia de chita, Educadora Trans Água, Momento black do corpo Trans, Corpo Educação Travesti , Educadora Trans calçada de sorte dentre outros. Os confetos produzidos nas técnicas de produção de dados, permitem que pensemos as educadoras sociais Trans e suas experiências educativas como disparadores/agenciadores que mobilizam pensar novos modos de educar na contemporaneidade. Portanto permite problematizações de uma educação para/com/pelas diferenças.