Trabalho coletivo em contexto de planejamento: sentidos e significados atribuídos pelos professores
Trabalho coletivo. Prática de planejamento. Formação continuada
Esta pesquisa visa demonstrar como estamos organizando situações formativas no contexto da pesquisa colaborativa que desenvolvemos, de forma a tornar possível a reflexividade crítica com professores da rede estadual do ensino médio do Maranhão, com o objetivo de investigar os sentidos e os significados que os professores atribuem ao trabalho coletivo no contexto da prática de planejamento, relacionando-os às necessidades formativas que possibilitem a expansão desses sentidos e significados. A discussão teórico-metodológica está fundamentada na Abordagem Sócio-Histórica. Nos princípios da dupla função: formação e pesquisa (DESGANÉ, 1997; FIORENTINI, 2004; IBIAPINA, 2007, 2008) e a produção e negociação de sentidos e o compartilhamento de significados (VIGOTSKI, 1998; MAGALHÃES, 2007). A discussão que realizamos neste texto parte da perspectiva do planejamento de ensino como prática coletiva crítico-reflexiva. A referida discussão encontra-se respaldada nas compreensões de autores como Gandin (1983; 1995), García (1987; 1997), Gómez (1997), Vigotski (1998; 2009), Marx (2002), Vasconcellos (2003; 2006; 2007), Fiorentini (2004), Ibiapina (2007), Ibiapina; Lima (2007), Vázquez (2007), Liberali (2008), Imbernón (2010), entre outros. Os participantes da pesquisa são quatro professores e a pesquisadora. Os dados foram produzidos entre os meses de maio de2011 aabril de 2012, e foram utilizados como procedimentos metodológicos, questionário, encontro colaborativo, diário reflexivo de planejamento e sessões reflexivas. A análise e a interpretação dos dados estão embasadas na análise do discurso de Bakhtin (2010). A enunciação é o objeto de análise. A análise do discurso mostrou que os sentidos de trabalho coletivo dos participantes em relação à prática de planejamento realizada por eles encontram-se diluídos em diversas categorizações, apontando por um lado, trabalho individualizado, com necessidade de expansão dos sentidos identificados para forma de trabalho coletivo colaborativo, e por outro, revelou como necessidades formativas a criação de espaços de reflexão crítica, coletiva e contínua da prática de planejamento.