Educação e diversidade(s): qual a cor da homofobia no arco-íris da escola?
Homossexualidades. Escola. Jovens LGBT’s. Homofobia.
A sexualidade no universo escolar tem sido um tema polêmico, considerando a multiplicidade de visões, crenças e valores dos diversos atores e atrizes sociais – alunas/os, mães, pais, professoras/es e gestoras/es, entre outras/os, assim como tabus e interditos relacionados. Quando se trata das homossexualidades, certamente a questão se torna mais delicada. Frente a estas constatações, então, decidiu-se investigar as práticas homofóbicas no espaço da escola, no caso, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI. Buscou-se cartografar, problematizar e analisar o ponto de vista de um determinado grupo de jovens LGBT’s (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) em relação à orientação sexual, às suas manifestações de sociabilidades afetivas, ao conceito de diversidade sexual, seus posicionamentos relativos à homofobia e como ocorre a convivência entre pessoas com estas diferenças e outras, dentro da escola pesquisada. Ancorou-se este estudo nas questões relativas às homossexualidades fundadas nos estudos de Junqueira (2007, 2009), Louro (1997, 1999, 2004) e Foucault (1983, 1984, 1985, 2001) dentre outros. No percurso metodológico utilizou-se a pesquisa qualitativa baseada nos ditos de Barbier (2007) e Melucci (2005) através de oficinas com inspiração na abordagem Sociopoética (ADAD, 2004), contatos pessoais, observações e questionário. Nesse texto, registra-se resultados do processo de pesquisa, no qual foram envolvidos 04 jovens, sendo uma lésbica, duas bissexuais e um gay. Os principais achados assim se configuram: a existência de intolerâncias na família no que se refere às homossexualidades; a escola como espaço de apoio e opressão para esta população e a esperança na mudança de conceitos e atitudes da sociedade em relação às homossexualidades.