Este estudo se propõe a refletir sobre a História da Educação Musical por meio da análise de trabalhos oriundos de congressos, livros organizados e um dossiê temático. Neste sentido, os dados foram obtidos por meio de revisão de literatura dos arquivos digitais da Associação Brasileira de Educação Musical – ABEM e da Sociedade Brasileira de História da Educação – SBHE, por meio dos livros “Ecos e Memórias: histórias de ensinos, aprendizagens e músicas” (2019) e “Sons de Outrora em reflexões atuais: história da educação e música” (2020), como também, considera o dossiê “Polifonias em saberes: música, educação e história” (2021), da revista Caminhos da Educação: diálogos, culturas e diversidades. Esta investigação também fez uso da História Oral para entrevistar três professores/pesquisadores que participaram destas iniciativas acadêmicas, visando articular as informações das publicações com os relatos desses interlocutores. Quanto ao alinhamento teórico, esta pesquisa se fundamenta com as ideias de Norma Ferreira (2002) e Patricia Oliveira (2018) sobre estado do conhecimento, Pablo Spíndola (2010) referente à História da Cultura Intelectual, Circe Bittencourt (2004) a respeito de um novo patrimônio cultural pelo viés da História Cultural, Verena Alberti no que tange à História Oral, Lucilia Delgado e Marieta Ferreira (2013) a respeito da História do Tempo Presente e Elaine Pereira (2015) em relação à teoria da formação de campo de Pierre Bourdieu. Os resultados apontam um crescente movimento da produção intelectual sobre a História da Educação Musical, especialmente, a partir da criação do GT (Grupo de Trabalho) 1.3, do XXII Congresso da Associação Brasileira de Educação Musical – ABEM, de 2015.