O presente texto trata-se de uma pesquisa em andamento intitulada “Registros sobre a educação em páginas dos jornais ludovicenses (1942-1946)”. Consideramos pesquisar os registros impressos nos jornais de livre circulação e periódicos estudantis que circulavam na sociedade maranhense, no período das reformas Capanema, que refletiam a educação e o sentido de uma nova escola, na cidade de São Luís. Partimos dessa perspectiva, por serem os jornais impressos instrumentos relevantes para a construção da história da comunicação ao repertoriar o cotidiano de uma sociedade. A questão de pesquisa que se apresenta, no processo de construção deste trabalho é como se apresenta a educação nas páginas dos jornais na cidade de São Luís do Maranhão, durante o período das Reformas Capanema? Temos como objetivo investigar a educação, em São Luís, através de jornais entre os anos de 1942 a 1946. E como objetivos específicos investigar as políticas educacionais e o panorama sociopolítico do Maranhão através da legislação vigente e dos jornais de circulação (1942-1946); analisar os discursos publicados nos jornais de livre circulação na capital do estado e sua importância para a História da Educação entre os anos de 1942-1946; investigar a imprensa e os jornais que circulavam na capital maranhense durante o período de 1942-1946, disponíveis no acervo digital da Biblioteca Pública Benedito Leite; analisar as notícias sobre educação por meio de categorias nos jornais de livre circulação e estudantis no período de 1942-1946. Para repertoriar esse estudo, recorremos a pesquisa documental, pois segundo Carlo Ginzburg (1989) discute a importância do olhar do pesquisador sobre os pormenores da investigação e da documentação. O desenvolvimento deste trabalho, fundamentou-se através dos estudos de Ghiraldelli Jr. (1994), Minhoto (2007,2008), Palma Filho (2005) e Romanelli (2006), que versam sobre a História da Educação Brasileira; Nóvoa (2002), Luca (2008) e Sousa (2019,2020 ) que fundamentam nossa pesquisa sobre Educação e Imprensa; Castro e Castellanos (2008, 2020, 2021) que alicerçam a nossa pesquisa sobre Educação e Imprensa maranhense; Chartier (1988), Le Goff (2013) e Pesavento (2003) que corroboram com a História Cultural como possibilidade de pesquisa por meio dos jornais. Buscamos Relatórios com Leis e Decretos, entre os anos de 1942-1946, que serviram como corpus documental da política educacional maranhense; e os discursos contidos nos jornais Boletim Informativo da Convenção Batista Maranhense (1943), Jornal do Comércio (1944), Jornal A Tarde (1946), Jornal O Irapurú (1946) e Jornal Alvorada (1946) impressos disponíveis na plataforma digital da Biblioteca Pública Benedito Leite. Como resultados parciais da pesquisa, interpretamos que entre 1942 a 1946, em São Luís, a história da educação foi legitimada pelo novo regime a impor aos indivíduos disciplina, ordem, respeito e entusiasmo ao patriotismo. As condições desse período, equiparavam-se de forma desigual beneficiando as classes mais favorecidas, ou seja, a elite maranhense. Um aspecto considerável para compreender a educação nesse período, pelas notícias de jornais, foi a continuidade ao sistema de seletividade, como exemplo, o exame de admissão que apresentava-se nas escolas.