A presente pesquisa científica realizada com o objetivo de investigar a relação entre a formação contínua de professores da SEMEC Teresina e a atuação do Coordenador pedagógico, teve como bússola os seguintes objetivos específicos :Conhecer como ocorre o processo de formação contínua de professores que é realizada pela SEMEC Teresina Piauí ; Explicar como os Coordenadores pedagógicos compreendem a formação contínua de professores que é realizada pela SEMEC; Analisar os impactos da formação contínua de professores desenvolvida pela SEMEC na atuação do Coordenador pedagógico. Este estudo tem o Materialismo Histórico e Dialético (MHD), com as categorias historicidade, totalidade e contradição através dos estudos de Engels (1878) e KOSIK (2002), e a Psicologia Histórico Cultural (PSH), com a categoria mediação a partir das contribuições Vygotsky (2008), como seu referencial teórico-metodológico por permitirem compreender os nexos componentes da relação entre a formação contínua realizada pela SEMEC e a atuação do coordenador pedagógico. Para o desenvolvimento da pesquisa foram realizadas a pesquisa documental, na qual se buscou documento “programa de formação continuada da secretaria municipal de educação de Teresina” (2018), o documento “Agenda do Pedagogo” (2023), a entrevista semiestruturada individual junto à três Coordenadores pedagógicos e a gerente de formação contínua da SEMEC. Como procedimento analítico dos dados foram organizados em categorias e subcategorias, com base na Análise Textual Discursiva (ATD), de Morais e Galiazzi (2020). Através da análise do processo, foi viabilizada a criação de duas categorias os significados gerados pelos coordenadores em relação às suas atividades no âmbito das escolas públicas municipais de Teresina. Na discussão da primeira categoria A formação contínua de professores realizada pela SEMEC, as expectativas dos professores e a exclusão do CP do processo de formação, fica evidente que a formação contínua de professores implementada pela SEMEC tem impactos significativos na atuação do coordenador pedagógico (CP), revelando que esses profissionais têm assumido um papel diversificado, sendo chamados a agir como verdadeiros "apagadores de incêndio”. A centralidade do centro de formação, que se coloca como coordenador pedagógico de todas as escolas, limita a autonomia do CP na decisão dos temas abordados na formação. O CP sente-se distante do processo de planejamento das atividades formativas, o que pode gerar uma percepção de exclusão e falta de participação nas decisões relacionadas à política de formação. Na segunda categoria “O real da atuação do CP e suas expectativas” evidencia que a centralização do Centro de Formação (CEFOR), como “coordenador pedagógico” de todas as escolas restringe a autonomia do Coordenador Pedagógico (CP) na sua atuação, bem como a ausência de suporte institucional adequado para as formações nas escolas sob a direção do CP pode tornar suas ações mais individualizadas e menos efetivas.