A formação inicial e os sentidos de docência de professores-estudantes do Plano Nacional de Professores da Educação Básica-PARFOR, do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí-UFPI.
Formação inicial de professores. Processo formativo. Docência. PARFOR.
Desvelamos neste estudo compreender as relações entre a formação inicial e os sentidos de docência dos professores-estudantes do Plano Nacional de Professores da Educação Básica-PARFOR, do curso de Pedagogia da Universidade Federal do Piauí–UFPI, implicados no cenário curricular deste Plano e no contexto da escola pública. De maneira específica investigar as perspectivas dos professores-estudantes do PARFOR acerca da formação inicial; apreender os sentidos de docência/ser professor, dos professores-discentes do PARFOR; compreender as contribuições do PARFOR na formação e reconstrução do sentido de docência dos professores-discentes. A partir de investigações e proximidades com o campo de formação de professores definimos a seguinte questão: Que relações podem ser estabelecidas entre a formação inicial e os sentidos de docência de professores-estudantes do PARFOR, do curso de Pedagogia da UFPI? Pretendemos, a partir do objeto de estudo que se consubstancia nos sentidos de docência que os estudantes-professores desenvolvem em processo de formação no PARFOR e aqueles construídos antes dessa formação, alcançar o questionamento partindo do pressuposto de que a formação inicial se constitui em possibilidade de aprimoramento do processo formativo e, consequentemente, do sentido de docência, vivenciado nas experiências como professores da Educação Básica. Fundamentados nos princípios da Etnometodologia adotamos como método de investigação o etnográfico por possibilitar, conforme esclarece Coulon (2008, p 44) uma “visão de dentro”. Tomando os conceitos-chave oriundos da Etnometodologia elegemos a noção de membro para ser trabalhada na perspectiva do pesquisador, pois está no campo e permanecer nele é uma condição construída no contato próximo que esse mantém com o grupo, se aproximando das ordens naturais que são desenvolvidas pelos agentes sociais no campo. O campo empírico se constitui de 35 (trinta e cinco) professores-estudantes do 5º período do curso de Pedagogia que foram observados em momentos formativos, e desse total 03 (três) concordaram em participar efetivamente da pesquisa em contextos da prática. Utilizamos como procedimento metodológico a observação participante e as narrativas. Como suporte, a pesquisadora faz uso do diário de campo. Buscando embasar esse estudo adotamos como aporte teórico autores como Josso (2004), Macedo (2010) Garcia (1999), Gatti (2011), Brzezinski (2008) que discutem formação de professores e Coulon (1995), Giddens (1999), Angrosino (2009), dentre outros que adotam como Teoria a Etnometodologia como fundamento para a operacionalização da etnografia enquanto metodologia. Os dados construídos e em processo de análise e sistematização nos direcionam para uma compreensão da formação como eixo fecundo e facilitador da prática docente.