O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO DOS ALUNOS COM PARALISIA CEREBRAL A PARTIR DA COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA E AUMENTATIVA DESENVOLVIDA NO ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO
Inclusão. Comunicação Alternativa e Aumentativa. Paralisia Cerebral. Atendimento Educacional Especializado.
Cada vez mais o paradigma da inclusão se firma como um modelo educacional capaz de aproximar a escola das demandas sociais, na qual as marcas das diferenças se tornam mais perceptíveis. Quando se trata de inclusão da pessoa com deficiência em ambiente escolar, o desafio a ser vencido não é mais a deficiência e sim, quais instrumentos ou estratégias são necessárias para possibilitar ao aluno com limitações impostas pela condição da deficiência o acesso ao conhecimento que circula no espaço escolar e social. Esse novo olhar é recente, uma vez que ao longo do percurso histórico, as ações assistenciais voltadas para a pessoa com deficiência pouco visavam a educação desses sujeitos, pois a crença na incapacidade reinava nos debates acerca do tema e, quando não, o mínimo de civilidade e sociabilidade era o máximo esperado. Especificamente, o aluno com paralisia cerebral não falante ou com fala pouco funcional, é visto de modo geral como absolutamente incapaz. No entanto, estudos (NUNES, 2003; SCHIRMER, 2007) mostram que estes sujeitos quando beneficiados por mecanismos de comunicação alternativa e aumentativa (CAA) têm resgatado o seu potencial de desenvolvimento social e educacional. Esta pesquisa também aborda uma nova percepção da pessoa com paralisia cerebral, pois compreende que as potencialidades são a base para o direcionamento das ações. Nesse sentido, o presente estudo teve como objetivo geral investigar o processo de comunicação dos alunos com paralisia cerebral a partir da comunicação alternativa e aumentativa desenvolvida no atendimento educacional especializado. A metodologia da pesquisa constitui-se em abordagem qualitativa do tipo descritiva. Participarão desse estudo 05 (cinco) professores que atuam em Salas de Recursos Multifuncionais e 05 (cinco) alunos com paralisia cerebral usuários de CAA. Utilizamos como bases teóricas para este trabalho, autores como Mantoan (2006), Ribeiro (2010), Besch (2007), Nunes (2011), Mendes (2003, 2006) Fernandes e Glat, Ainscow (2009), Schirmer (2007), entre outros. Os instrumentos a serem utilizados na pesquisa serão o questionário, a entrevista semiestruturada e a observação. Para a análise dos dados coletados, a proposta a ser adotada será a análise de conteúdo (BARDIN, 1977; FRANCO, 2003).