Os debates sobre a Educação do Campo surgem, na década 1990, no contexto das lutas dos povos do campo pelo direito à terra, à dignidade e à educação, portanto, sem este ligada ao movimento de resistência dos camponeses e suas ações pela construção de um projeto de campo menos desigual, mais justo e sustentável. Neste contexto, a Educação do Campo assumiu também a a luta contra a visão marginalizada que tem sido propagada pelas mídias, os livros didáticos e nos curriculos escolares, que associa o campo ao lugar do atraso, sendo entendido como um lugar marginalizado. Diante deste contexto, esta pesquisa foi desenvolvida a partir da seguinte questão problema: Quais as estratégias políticas- pedagógicas adotadas pela Ecoescola Thomas a Kempis, visando o desenvolvimento de práticas curriculares que contemplem a realidade sociocultural dos jovens do campo? Neste caso, teve como objetivo geral: investigar as estratégias político-pedagógicas adotadas pela Ecoescola Thomas a Kempis, visando o desenvolvimento de práticas curriculares que contemplem a realidade sociocultural dos jovens do campo. De modo especifico, buscamos: Identificar e descrever as atividades educativas desenvolvidas na Ecoescola voltadas à investigação da realidade do campo; Compreender como os conhecimentos abordados nas diferentes disciplinas favorecem uma reflexão crítica sobre a realidade do campo; analisar os desafios enfrentados pelos professores no âmbito do desenvolvimento das atividades educativas voltadas a realidade da educação do campo. A pesquisa desenvolvida na Ecoescola Thomas a Kampis, localizada no território rural, do Município de Pedro II, no Estado do Piauí, a partir das contribuições da abordagem qualitativa, tendo como instrumentos de construção dos dados da pesquisa: a entrevista semiestruturada e análise documental. Com relação aos participantes da pesquisa, contamos com um total de 8 participantes, dentre eles: uma (1) coordenadora, três (3) professores (as) e quatro (4) alunos (as).