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Banca de QUALIFICAÇÃO: GUSTAVO OLIVEIRA MONTEIRO ALVES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GUSTAVO OLIVEIRA MONTEIRO ALVES
DATA: 11/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala PPGBiotec (Híbrido)
TÍTULO: Avaliação do efeito antitumoral e citotóxico da goma de serigueleiro (Spondias purpurea L)
PALAVRAS-CHAVES: Antitumoral, macrófagos, polissacarídeos,
PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Farmacologia
RESUMO:

A utilização de produtos naturais para o tratamento de câncer é uma opção amplamente
estudada devido sua variedade de atividades biológicas, não toxicidade e alta
disponibilidade de obtenção. A goma derivada do serigueleiro (Spondias purpurea L) é
da classe das arabinogalactanas, que possui ação imunoestimulante, porém ainda pouco
explorada quanto a seu potencial antitumoral. Desta forma, esse trabalho objetivou
avaliar o potencial antitumoral da goma do serigueleiro (GS) in vitro e in vivo. Foi
avaliado a atividade citotóxica da GS em linhagens de células tumorais (HCT-116,
CT26.WT e B16-F10) e não tumorais (L929) utilizando concentração única de 1000
µg/mL. Na avaliação in vivo, utilizou-se um modelo murino de câncer colorretal com
transplante de células CT26.WT de forma subcutânea na região axilar esquerda de
camundongos fêmeas da linhagem BALB/c. Foram utilizados trinta animais com 6 a 8
semanas de idade, pesando 20-26g, que receberam tratamento diário com a GS nas
doses de 50 e 100 mg/kg/dia (grupos GS50 e GS100 respectivamente). Solução salina
(0,9%) foi utilizada como controle negativo e 5-Fluorouracil (5-FU) na dose de 20
mg/kg/2 dias como controle positivo. A partir do nono dia de experimento, quando os
tumores começaram a ser palpáveis, foram realizadas medições diárias com auxílio de
um paquímetro. No vigésimo dia de experimento os animais foram eutanasiados e os
tumores, rins, baço e fígado foram excisados e pesados. Foi coletado aproximadamente
1mL de sangue para avaliação de parâmetros hematológicos e bioquímicos. Avaliou-se
a expressão gênica de citocinas inflamatórias através de qRT-PCR com amostras dos
tumores. Os dados foram analisados e comparados pela análise de variância ANOVA
one-way seguidos de teste de comparação múltipla de Dunnett ou Tukey ou pelo
procedimento de Benjamini, Krieger e Yekutieli, considerando p < 0,05. A GS
apresentou atividade citotóxica inferior a 50% nas linhagens celulares utilizadas. No
modelo animal, foi observado uma redução significativa de 32,04 ± 5,17% da massa
tumoral dos animais do grupo GS50 e de 1,31 ± 4,91% no grupo GS100 quando
comparados ao grupo salina. A redução do GS50 foi próxima ao observado no grupo 5-
FU de 39,62 ± 5,64%. O peso relativo dos órgãos do grupo GS50 não apresentaram
diferenças significativas enquanto no grupo GS100 o fígado e baço se apresentaram
aumentados de forma significativa. Na análise hematológica, foi possível observar um
aumento significativo de leucócitos totais no grupo GS50, enquanto no grupo 5-FU se
observou leucopenia. Nos parâmetros bioquímicos, houve um aumento significativo nos
valores de ALT nos grupos GS50 e GS100 em relação ao grupo salina. Na análise da
expressão de citocinas observou-se um aumento significativo de Il1b nos grupos 5-FU,
GS50 e GS100. Na expressão de Il6, foi possível observar uma redução no grupo
GS100 quando comparado ao grupo GS50, o que pode ser um indicativo de mudança de
perfil de ativação de macrófagos M1 para M2. Com esses resultados, a GS possui um
potencial para ser utilizado como um agente antitumoral auxiliar nos métodos
quimioterápicos, visto que apresentou uma redução tumoral nos animais testados sem
apresentar efeitos tóxicos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2231318 - JOSE DELANO BARRETO MARINHO FILHO
Externo ao Programa - 2177969 - LUCIANA ROCHA FAUSTINO
Externo à Instituição - DIEGO VERAS WILKE - UFC
Notícia cadastrada em: 05/07/2024 14:49
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