Os produtos naturais constituem uma das principais fontes para a descoberta de novas moléculas com potencial terapêutico. Espécies do gênero Copaifera (Fabaceae) é reconhecido pelo uso tradicional e farmacológico de sua oleorresina, rica em diterpenos e sesquiterpenos com amplas atividades biológicas. No entanto, os extratos foliares dessas espécies são ainda pouco explorados. Diante disso, objetivou-se revisar sistematicamente a literatura sobre as propriedades químicas e antibacterianas dos extratos foliares de espécies de Copaifera e investigar o perfil fitoquímico e as atividades biológicas dos extratos etanólico, metanólico e aquoso de folhas de Copaifera coriacea Mart. A revisão foi realizada por meio de análise de artigos disponíveis nas bases Google Scholar, EMBASE, LILACS, PubMed, SciELO e Scopus, seguindo os critérios PRISMA, a fim de identificar evidências sobre a composição química e atividade antibacteriana de extratos foliares. Para a parte experimental, os extratos foram submetidos à triagem fitoquímica qualitativa e quantitativa, análise por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM), ensaios de atividade antibacteriana (microdiluição), antioxidante (DPPH), toxicidade frente a Artemia salina, citotoxicidade (ensaio MTT), e predições in silico utilizando as plataformas SwissADME, pkCSM e Web Protox III. A revisão evidenciou escassez de estudos com C. coriacea, apesar da relevância terapêutica já demonstrada por folhas de outras espécies do gênero. Os extratos apresentaram compostos fenólicos, flavonoides, taninos e alcaloides em diferentes proporções, com destaque para o extrato etanólico (ETCC), que demonstrou maior teor de fenóis (81,3 mg/g), forte atividade antioxidante (CI₅₀ = 11,36 µg/mL) e ação bactericida contra Staphylococcus aureus (CBM até 0,75 mg/mL). Todos os extratos foram atóxicos, e o ETCC apresentou citotoxicidade seletiva para a linhagem de HCT-116. As análises in silico confirmaram boa biodisponibilidade e baixa toxicidade predita dos principais compostos majoritários. Conclui-se que Copaifera coriacea representa uma fonte promissora de compostos bioativos com potencial terapêutico, sendo uma candidata relevante para o desenvolvimento de fitoterápicos.