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Banca de DEFESA: ANTONIO CARLOS DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANTONIO CARLOS DOS SANTOS
DATA: 21/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório Prof. Dr. José Adail Fonseca de Castro no Departamento de Parasitologia e Microbiologia
TÍTULO: ANÁLISE GEOAMBIENTAL DA OCORRÊNCIA DE ARBOVIROSES E O POTENCIAL DE ESPÉCIES VEGETAIS CONTRA ESPÉCIES DE Aedes NO TERRITÓRIO DE DESENVOLVIMENTO DOS COCAIS – PIAUÍ
PALAVRAS-CHAVES: Chikungunya; Dengue; Doenças infecciosas; Epidemiologia; Etnobotânica; Plantas medicinais; Sistema de Informação Geográfica-SIG; Zika vírus.
PÁGINAS: 244
GRANDE ÁREA: Outra(s)
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

As arboviroses representam um desafio para a saúde pública, impulsionadas pelas mudanças climáticas, pela degradação ambiental e pelo desmatamento descontrolado, propiciando um ambiente favorável para a transmissão viral, expondo comunidades inteiras a riscos crescentes. Objetivou-se, com esta pesquisa, realizar uma análise geoespacial das arboviroses (dengue, zika vírus e chikungunya), investigando a frequência de focos e os casos registrados entre 2012 e 2019 em áreas urbanas e periurbanas do Território de Desenvolvimento dos Cocais – TDCPI. Além disso, identificar e mapear as espécies vegetais utilizadas pelas comunidades em áreas selecionadas no combate a essas arboviroses. O método utilizado foi de natureza observacional descritiva, envolvendo abordagens quantitativas e qualitativas. Inicialmente, foi realizado um levantamento bibliométrico nas bases Web of Science, PubMed Central: PMC, LILACS e MEDLINE Complete, abrangendo publicações científicas sobre plantas medicinais com potencial larvicida/inseticida e/ou utilizadas como repelentes em Aedes sp. no período de 10 anos. Para análise da distribuição dos casos de arboviroses, foi empregado, foi utilizado o cálculo da Incidência Cumulativa (IC). Além disso, foi utilizado o Sistema de Informação Geográfico (SIG) para mapeamento espacial e elaboração de mapas temáticos que incluíram variáveis ambientais como a média do Índice de Infestação Predial (IIP) para Aedes aegypti e Aedes albopictus, média de temperatura, pluviometria, umidade relativa do ar, índices de vegetação (NDVI) e de água (NDWI) na área de estudo. Os dados foram coletados através de 100 formulários de entrevistas e processados no programa IBM SPSS Statistics 21.0. Os resultados bibliométricos destacaram a combinação de palavras-chave "Aedes" and "Insecticidal" and "plants", com a PubMed Central: PMC liderando com 1.156 artigos, seguida pela Web of Science com 119, MEDLINE Complete com 10 e LILACS com 06. Não foram identificadas publicações em periódicos brasileiros com os descritores "Aedes" and "ethnobotanical". Os Estados Unidos lideraram em algumas áreas de pesquisa, com destaque para as publicações com o termo "Aedes", representando 35,3% das publicações mundialmente. As maiores incidências de dengue e chikungunya no TDCPI ocorreram em cerca de 75% dos municípios com população de até 10.000 habitantes. O município de Nossa Senhora dos Remédios apresentou a maior taxa de IC de dengue (1684,5/100.000 hab.), enquanto para a febre chikungunya foi em São João da Fronteira com IC de 1272,5/100.000 hab., e a zika em Piripiri com IC de 175,6/100.000 hab.. A falta de levantamentos de índices larvais regulares até 2016 prejudicou o controle da dengue. A correlação de Pearson revelou que o IIP de Aedes albopictus tem uma correlação "extremamente forte" e significativa com a incidência de zika vírus, demonstrando a importância desses índices como preditores e a necessidade de estratégias adaptativas de controle. A média de temperatura mais alta em 2016 correlacionou-se com um aumento nas incidências de dengue, chikungunya e zika. A pluviosidade influenciou diretamente as arboviroses, e a umidade relativa do ar teve uma correlação significativa com a incidência de chikungunya. A incidência cumulativa de zika associou-se fortemente com a temperatura anual. Algumas plantas, como Lippia gracilis, Cymbopogon citratus, Cymbopogon winterianus, Azadirachta indica e Jatropha gossypiifolia, foram identificadas como repelentes pelos entrevistados. Do ponto de vista socioeconômico, a pesquisa revelou predominância feminina (66%), maioria dos participantes até 47 anos (56%) e cerca de 60% com ensino médio e superior. Aproximadamente metade (47%) ganha mais de um salário mínimo. O mapeamento de risco para transmissão de arboviroses identificou três classes: média, alta e muito alta. Cerca de 75% dos óbitos ocorreram em áreas de risco "Muito Alta" e 25% em áreas de risco "Alta". Além disso, 84% dos municípios com altas incidências estão em áreas de risco "Muito Alta" ou "Alta". Os resultados indicam que o modelo do método multicritério aditivo é altamente eficiente. Em suma, esta pesquisa não apenas contribui para o entendimento mais profundo da dinâmica das arboviroses em uma região específica, mas também oferece subsídios para o desenvolvimento de estratégias preventivas e de intervenção adaptativas, visando à redução do impacto dessas doenças na saúde pública.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1221652 - IVANILZA MOREIRA DE ANDRADE
Interno - 1300002 - GUSTAVO SOUZA VALLADARES
Externo ao Programa - 1568718 - MARIA REGIANE ARAUJO SOARES
Externo ao Programa - 1558481 - VERUSKA CAVALCANTI BARROS
Externo à Instituição - MARTA CELINA LINHARES SALES - USP
Externo à Instituição - SILVIA ALCANTARA VASCONCELOS - Fiocruz - PE
Externo à Instituição - IZABELLA CABRAL HASSUM - UFRRJ
Notícia cadastrada em: 20/08/2024 17:28
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb03.ufpi.br.sigaa 24/08/2024 19:17