Notícias

Banca de QUALIFICAÇÃO: JÉSSICA CRISTINA OLIVEIRA FROTA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÉSSICA CRISTINA OLIVEIRA FROTA
DATA: 23/08/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Milton Santos do curso de Geografia - CCHL/UFPI
TÍTULO: Estoque de carbono nos solos e na vegetação de mangue na Área de Proteção Ambiental (APA) Delta do Parnaíba
PALAVRAS-CHAVES: Carbono Azul; Manguezais; Mitigação do clima; Sequestro de Carbono
PÁGINAS: 124
GRANDE ÁREA: Outra(s)
ÁREA: Ciências Ambientais
RESUMO:

Os ecossistemas costeiros em especial as áreas de mangue, são considerados ambientes com grande potencial para estocagem de carbono, os conhecidos blue carbon. Com o aumento dos níveis de carbono na atmosfera, tornou-se necessário compreender a capacidade desses ecossistemas em armazenar esse carbono. Sabendo que esses estudos admitem o entendimento da dinâmica da paisagem e vem contribuindo para o desenvolvimento de avaliações e interpretações das condições ambientais, servindo como base para diversas áreas de interesse, através da pesquisa, objetivou-se mapear e quantificar os estoques de carbono presente nos solos e na biomassa vegetal dos manguezais considerando como área de estudo a Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba (APA DPHB) e como objetivos específicos: Realizar um levantamento fitossociológico das espécies vegetais existentes no ecossistema de mangue da APA DPHB; Quantificar e estimar o teor de carbono existente na biomassa vegetal nas áreas de vegetação de mangue presentes na  APA DPHB; Quantificar e estimar o teor de carbono orgânico presente no solo através de dados obtidos em campo e mapear o estoque de carbono existente na biomassa vegetal e no solo a partir de dados do sensoriamento remoto e Machine Learning. Para isso, foram instaladas 27 parcelas, cada uma medindo 200 m², onde através da sua delimitação foi possível coletar dados de altura e Circunferencia a altura do peito de cada indívio, considerando mortos e vivos. Para a área de estudo foi possível identificar a diversidade das espécies de mangue, através do estudo fitossociológico, identificação do índice de diversidade de Shannon (H’), índice de Simpson (S’) e Equabilidade de Pielou (J). Para o cálculo da biomassa foram utilizadas equações alometricas e sua distribuição espacial foi estimada por sensoriamento remoto, utilizando as bandas espectrais e índices de vegetação derivados de imagens do Landsat 8-9/OLI – TIRS e Sentinel-2 e o uso aprendizado de máquina, onde foram testados vários modelos de predição (Random forest, Xgboost, Regressão Linear Múltipla, Cubist, Earth e Support vector machine (Linear, Radial e Polinomial). A quantificação e estimativa de carbono organico no solo será realizada através de metodologia similar a da biomassa vegetal (AGB), tendo em vista que as amostras de solos foram coletadas de 10 até 100 cm, determinadas as concentrações de carbono através de análises, para em seguida ser calculados os estoques de carbono e estimados através de modelos. Com isso, para a área de estudo, foram inventariados 649 indivíduos pertencentes a 5 espécies: Rhizophora mangle L.; Laguncularia racemosa (L.); Conocarpus erectus L., Avicennia germinans e Avicennia schaueriana, sendo a espécie R. mangle a que apresentou o maior valor de importância e valor de cobertura, maior dominância, densidade, frequência e maior número de indivíduos, seguida da espécie Avicennia spp. O maior número de indivíduos foi registrado nas primeiras classes de diâmetro e o índice de Shannon (H’) foi de 1,27 nats.ind-1, a equabilidade de Pielou foi 0,61 e o índice de Simpson foi de 0,62. Esses valores indicaram uma baixa diversidade, porém uma certa dominância da espécie R. mangle. Essa espécie também obteve a maior quantificação de biomassa vegetal apresentando 790 Mg ha-¹ e o modelo que melhor ajustou a predição aos dados de AGB foi o XGB nos dois sensores (MSI e OLI), porém o período seco foi o que apresentou melhor ajuste, com R²= 0.93, RMSE = 66.74 Mg ha-1 e MAE de 49.42 Mg ha-1 Dessa forma, acredita-se que a biomassa e os estoques de carbono relacionados aos manguezais podem ser uma base para evitar a degradação e são importantes para compreender melhor o ciclo global do carbono e a sustentabilidade dos ecossistemas de mangue, contribuindo com uma ação contra a mudança global do clima, conforme o ODS 13 proposto na Agenda 2030, afim de superar desafios. Além disso, o levantamento dos estoques de carbono nos mangues do Delta do Parnaíba é importante para o planejamento local e para o desenvolvimento de trabalho nesta área, tendo em vista a limitação de literatura relacionadas a essa temática, pois o estudo de biomassa nos solos e vegetações de ambientes litorâneos do Brasil são muito escassos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1300002 - GUSTAVO SOUZA VALLADARES
Interno - 2098982 - GIOVANA MIRA DE ESPINDOLA
Externo ao Programa - 1203392 - MIRYA GRAZIELLE TORRES PORTELA
Externo ao Programa - 1015160 - RONEIDE DOS SANTOS SOUSA
Externo à Instituição - REURYSSON CHAGAS DE SOUSA MORAIS - IFPI
Notícia cadastrada em: 20/08/2024 17:51
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação - STI/UFPI - (86) 3215-1124 | © UFRN | sigjb06.ufpi.br.instancia1 24/08/2024 19:25