Movimento em diagonal aumenta a potência absoluta da banda beta no córtex pré-frontal dorsolateral sem influenciar a variabilidade da frequência cardíaca
Eletroencefalografia, Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva, Sistema Nervoso Autônomo, Frequência Cardíaca
O Movimento humano é fundamental para o bem estar físico e cognitivo dos indivíduos e a ausência dele gera repercussões negativas aos sujeitos. A reabilitação dos indivíduos com algum déficit funcional é baseada em exercícios que envolvem diversos grupos musculares e articulações. É nesse contexto que está inserido o conceito de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP). Tal conceito de tratamento é apresentado como mais funcional porque envolve movimentos em diagonal, simulando assim, muitas atividades de vida diária. O exercício também gera adaptações sobre o sistema nervoso autônomo, beneficiando os sujeitos com respostas como o aumento da variabilidade da frequência cardíaca (VFC). Frente a isso, o objetivo do estudo foi investigar quais as diferenças nas repercussões eletrofisiológicas da FNP e do movimento de flexão do ombro realizado sem o componente diagonal, sobre o córtex pré-frontal dorsolateral e sua influência sobre a variabilidade da frequência cardíaca (VFC). A amostra contou com 50 voluntárias, randomizadas em 5 grupos (controle, FNP livre, FNP com carga, Flexão livre, Flexão com carga). O sinal eletroencefalográfico e a VFC foram coletados antes e depois das tarefas. Os resultados mostraram que o córtex pré-frontal dorsolateral esquerdo foi a região mais ativa, tanto antes, quanto após a realização das tarefas, exceto para o grupo controle, cuja potência foi maior no córtex pré-frontal dorsolateral direito. Essa diferença foi maior no grupo que realizou o movimento em diagonal, cujo grupo apresentou maiores valores de potência absoluta, quando comparados aos demais grupos experimentais. Em relação à VFC houve diferença antes e após a tarefa para o grupo FNP com carga, na variável LF e para o grupo controle na variável LF/HF.