A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurológica progressiva, degenerativa e associada a importantes disfunções motoras e não motoras, afetando significativamente a qualidade de vida de seus sobreviventes. Os exercícios terapêuticos são amplamente empregados na tentativa de retardar ou minimizar o progresso da doença, caracterizada por importantes déficits motores e sensoriais. Recentes evidências têm demonstrado o potencial uso da estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) como complemento aos exercícios terapêuticos. Neste ensaio clínico investigamos a eficácia da adição da ETCC a um protocolo de exercícios terapêuticos nos sintomas motores e não motores na DP, por meio da Escala unificada de avaliação da doença de Parkinson (UPDRS), com 24 sessões não consecutivas em 22 indivíduos. A capacidade funcional, força muscular dos membros inferiores, percepção de efeito global, cinesiofobia e qualidade de vida também foram avaliadas antes, após, 3 e 6 meses do início do tratamento. Os resultados não demonstraram diferenças significativas na adição da ETCC (real) aos exercícios terapêuticos. Os resultados do presente estudo sugerem que a combinação da ETCC previamente a um protocolo de exercícios terapêuticos não promove efeitos clínicos aditivos nos pacientes com doença de Parkinson.