INTRODUÇÃO:À medida que a pandemia progrediu, a Síndrome Pós-Covid-19 (SPC) ou COVID Longa (CL) se mostrou um problema cada vez mais reconhecido. Os sintomas persistentes pós infecção se apresentam de forma variável podendo prejudicar a funcionalidade e desempenho dos indivíduos, consequentemente, sua qualidade de vida. Conhecer e avaliar aos principais testes utilizados na determinação da capacidade funcional na condição pós-COVID-19 é fundamental, assim como suas limitações e virtudes. Diante do exposto, o objetivo desse estudo foi avaliar a interrelação entre testes funcionais na avaliação de indivíduos pós infecção e suas sensibilidade como ferramenta de avaliação nessa população. MÉTODO: Trata-se de um estudo de corte transversal, observacional, com sobreviventes de COVID-19. Foram avaliados pacientes entre 18 e 59 anos, de ambos os sexos, com histórico de infecção por COVID-19, não tabagista e excluídos aqueles que realizaram reabilitação cardiopulmonar pós-infecção, com doença pulmonar prévia, doenças crônicas, obesos e praticantes de atividade física. Os participantes realizaram a avaliação funcional por meio do Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6), Teste de Degraus de 2 minutos (TD2), Teste de Sentar e Levantar em 1 minuto (TSL1) e Timed Up and Go (TUG). RESULTADOS: Foram incluídos 50 voluntários que apresentaram teste positivo para COVID-19, onde 25 (50%) necessitaram de internação hospitalar e 25 (50%) não necessitaram de internação. A média de idade foi de 29,1 (±5,2), Índice de Massa Corporal (IMC) de 29,0 (±5,2) e 52% da amostra foi composta por homens. Os resultados correlacionando o TC6 e os testes TSL (r= 0,4668) e TUG (r= -0,4876) apresentaram-se com força de correlação moderada e com p significativo (p<0,05). Os valores obtidos no TD2 mostraram ter correlação fraca ou nula quando comparada com todas as variáveis do estudo. CONCLUSÕES: Os resultados encontrados em nosso estudo apontam haver correlação significativa entre os testes funcionais TC6, TSL1 e TUG, onde os últimos dois testes citados apresenta ser uma boa alternativa quando não houver a possibilidade de aplicar o TC6.