Introdução: As infecções fúngicas representam um problema de saúde crescente, especialmente em pacientes imunocomprometidos. A resistência aos antifúngicos tradicionais exige a pesquisa de novos agentes terapêuticos. A bixina, um apocarotenoide obtido do urucum (Bixa orellana L.), possui propriedades farmacológicas promissoras, como ação antimicrobiana. Este estudo explora o potencial antifúngico da bixina, utilizando métodos in silico para modelar interações moleculares e propriedades farmacocinéticas, visando o desenvolvimento de novas alternativas terapêuticas antifúngicas. Metodologia: O estudo in silico envolve a realização de docking molecular para prever interações entre a bixina e proteínas alvo de fungos patogênicos. Foram analisados parâmetros de afinidade molecular e as características farmacocinéticas da bixina, incluindo absorção, distribuição, metabolismo, excreção e toxicidade (ADME/Tox), além do perfil de "druglikeness". As proteínas alvo pertencem a diferentes classes de fungos, incluindo espécies de Candida, Aspergillus e dermatófitos. Resultados e Discussões: Os resultados de docking indicam interações favoráveis entre a bixina e os sítios ativos das proteínas fúngicas, sugerindo afinidade molecular significativa. Observou-se também que a bixina possui propriedades farmacocinéticas compatíveis para o uso terapêutico. Esse perfil farmacológico reforça o potencial da bixina como uma nova abordagem para o tratamento antifúngico. Conclusão: A bixina apresenta potencial como agente antifúngico, demonstrando afinidade molecular propriedades farmacocinéticas adequadas para o uso terapêutico. Estes achados reforçam a viabilidade de futuras pesquisas para formulações clínicas, destacando a importância de explorar compostos naturais para o desenvolvimento de antimicóticos eficazes.