Uma exposição pode ser instalada em um museu, uma galeria, um centro cultural ou até mesmo em um restaurante. Deve narrar uma história, trabalhar memórias por meio de pinturas, fotografias, textos, esculturas etc., a narrativa deve estar para além das obras que compõem a exposição, cujo sucesso é diretamente proporcional ao grau de absorção dessa história por seu público. Para este Trabalho Final de Mestrado em Artes, Patrimônio e Museologia, nos centramos na concepção da Exposição Sentidos, para narrar a xilografia da artista-gravadora-professora Iolanda Carvalho, produzida por uma equipe multiprofissional, para garantir que a mensagem alcance o espectador/a de maneira assertiva. Podemos argumentar que cada pessoa experimenta uma exposição de acordo com seus conhecimentos, mas a ideia não foi impor uma interpretação correta, mas expor aos visitantes uma espécie de caixa de pandora, com possibilidades de pensar, refletir, interpretar. Para que isso seja possível o bom planejamento da exposição é fundamental. Discorremos sobre nossas ideias para realizar a programação da exposição “sentidos”, desde seu planejamento, execução à avaliação. Um projeto de uma exposição, que pela sua natureza compreende uma série de etapas, que exigem uma equipe multiprofissional e sinergética. Devemos considerar o tamanho e complexidade da exposição, o tempo que dispensamos, os recursos financeiros, que usamos da melhor maneira possível. Elegemos a prática da xilogravura como ferramenta poética/ estética/simbólica e seu processo criativo no Piauí, Brasil. Esta pesquisa esteve centrada no labor artístico da professora e xilógrafa no cenário piauiense. Justifica-se pelo valor artístico, educativo e estético que a xilogravura representa para a arte brasileira e piauiense e sua grande representatividade na Região Nordeste, que potencializa elementos da região e expressa a realidade social, a partir das heranças pré-históricas até os dias atuais.