Introdução: A assistência em cuidados paliativos possui o foco em assegurar o alívio da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Este estudo mostra a importância em verificar a compreensão dos cuidados paliativos na perspectiva do próprio indivíduo que vivencia esse processo. Objetivo: Analisar a qualidade da comunicação em saúde realizada pelo profissional médico e identificar as estratégias de enfrentamento utilizadas pelas mulheres em cuidados paliativos. Método: Foram estudadas as características sóciodemográficas e clínicas, realizada a avaliação da comunicação em saúde por meio do questionário Qualidade da Comunicação e das estratégias de enfrentamento através do Inventário de Estratégias de coping de 40 mulheres em cuidados paliativos atendidas em um Centro de Assistência em tratamento oncológico de alta complexidade. Utilizou-se o software SPSS versão 20 para realização das análises descritivas. Para verificar a confiabilidade dos instrumentos da pesquisa, optou-se por utilizar o coeficiente de fidedignidade alfa de Cronbach e a normalidade dos dados foi avaliada por meio dos testes Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk. Resultados: Mulheres apresentaram idade de 27 a 60 anos, predominando as pardas, católicas, casadas, com filhos e que residiam no interior. Houve maior frequência do diagnóstico de câncer de mama e não compreensão da finalidade do tratamento paliativo pelas pacientes que, entretanto, possuíam interesse em saber. Constatou-se que a comunicação geral foi mais bem avaliada do que a comunicação em terminalidade de vida. Na população estudada, a estratégia de coping mais utilizada foi a Reavaliação Positiva. Conclusão: Embora existam diferenças relacionadas à comunicação em saúde e à compreensão dos cuidados paliativos, é possível identificar que as mulheres em tratamento paliativo apresentam estratégias de enfrentamento adaptativa. Com base nesta constatação, foi desenvolvido um fluxograma como instrumento para melhorar a assistência em cuidados paliativos.