A cobertura vacinal é um forte indicador de saúde pública atingindo altos índices entre os menores de cinco anos, porém não atingem índices adequados para o público adolescente. Trata-se de um estudo transversal com 137 estudantes de ensino médio de escolas públicas e privadas de Teresina-Piauí. Utilizou-se um formulário contendo variáveis socioeconômicas e de situação vacinal. Na análise dos dados utilizou-se um programa estatístico para as análises uni e bivariadas. Constatou-se a elevada prevalência de vacinas desatualizadas, principalmente as multidoses como hepatite B e HPV. A atualização vacinal foi verificada em apenas 2,9% dos cartões analisados, sendo a maior atualização para a vacina contra febre amarela (86,9%), seguidas das vacinas dupla adulto (85,4%) e a vacina VTV (46,7%). Quanto às vacinas desatualizadas, a Hepatite B (32,1%) e HPV (12,2%) foram predominantes, com associação positiva entre vacinas que necessitam ser administradas e o aprazamento nos cartões (p<0,001). A atualização vacinal e manutenção de altas taxas de vacinação dependem da corresponsabilização dos adolescentes e família, promoção da saúde, e reorganização das práticas de saúde nas unidades de saúde e na escola. Nessa perspectiva, para uma prática efetiva, devem ser inseridas intervenções educativas para os adolescentes e familiares além de qualificação no serviço público.