A universidade pública brasileira vivencia um período crítico de mudanças. Os docentes
gestores que exercem também a atividade acadêmica juntamente com as atividades
gerenciais, enfrentam situações adversas no cotidiano organizacional. A ação e o trabalho
gerenciais são práticas sociais; ou seja, devem ser compreendidos a partir da inter-relação
entre os planos organizacional e comportamental e o contexto da sociedade em que a
organização e seus gerentes estão inseridos. Com base nesse pressuposto e com o objetivo
de caracterizar e analisar as práticas de gestão de docentes com cargos de chefia em sua
ação cotidiana, foi realizado um estudo de caso na Universidade Federal do Piauí, de
caráter descritivo e analítico, a partir da amostra de professores gestores que ocuparam
cargos de (reitor, pró-reitor, superintendentes, chefes de divisão, chefes de departamento
e coordenadores de curso de graduação e de pós-graduação da Universidade Federal do
Piauí, com pelo menos 24 (vinte e quatro) meses de exercício na função de gestor. Essa
decisão de fixar tempo mínimo de exercício na função foi assumida para permitir o estudo
daqueles gestores que já possuíam certa vivência de gestão na universidade. Segundo a
Superintendência de Recursos Humanos da UFPI, existem, atualmente, 219 (duzentos e
dezenove) cargos de gestão ocupados por docentes. O planejamento da pesquisa para a
coleta de dados não fez um estudo comparativo entre as funções de gestão exercidas pelos
professores, de forma que os resultados apresentados se referem ao conjunto de todas
essas funções.