Este estudo visa avaliar a execução das políticas de acessibilidade e inclusão de alunos com
Transtorno do Espectro Autista (TEA) na Universidade Federal do Piauí (UFPI). A
pesquisa pretende responder à pergunta: como essas políticas são executadas pela instituição?
O embasamento teórico alinha-se às teorias neoinstitucionalistas que abordam a análise das
instituições e suas práticas, juntamente com referências no campo do desenvolvimento e
avaliação de políticas públicas. A investigação sobre inclusão foi fundamentada em estudos
específicos que oferecem insights sobre os desafios e estratégias relacionados à inclusão
de estudantes com TEA em ambientes acadêmicos. Trata-se de um estudo de caso único,
tendo como unidade de análise a UFPI. É uma pesquisa exploratória e de abordagem
qualitativa. Para coleta de dados, foi utilizada pesquisa documental, questionários e
entrevistas. Na análise, empregamos o método de triangulação de dados, com o objetivo de
compará-los e interpretá-los. Por fim, com base nos resultados obtidos, foi elaborada uma
proposta de intervenção que auxilie na resolução do problema. O estudo justifica-se pela
necessidade de avaliar alinhamento entre as práticas institucionais e os objetivos
elencados em seu planejamento estratégico no que tange à inclusão de autistas na UFPI.
A análise dos dados mostrou que ainda há muitos entraves para a efetivação das políticas
públicas de atendimento aos alunos neurodivergentes, especialmente TEA. Mostram
também que o SIGAA precisa de aperfeiçoamento, como um campo para que o discente
explicite sua deficiência e inclua laudos e quais suas necessidades de apoio humano ou
material. Os resultados servem de subsídio para guiar a tomada de decisão dos gestores
públicos. Além disso, o presente trabalho representa uma inovação na literatura sobre o
tema, suprindo a carência de pesquisas sobre autismo no ensino superior.