A criminalidade e a violência têm alcançado índices alarmantes em todo o país. Nesse contexto, pode-se verificar o aumento no número de mulheres que atualmente estão envolvidas em crimes, e que estão inseridas, de alguma forma, no sistema prisional. Esse aumento do número de mulheres no sistema prisional, faz refletir, dentre outros aspectos, sobre a ressocialização da pena e o resgate da cidadania, e enseja a criação de políticas públicas de educação, com fulcro na educação profissionalizante, na busca de desenvolver habilidades e capacitá-las para o trabalho, ensejando o resgate à cidadania, que se encontra limitada, mas não perdida nos entremuros das prisões. Nesse sentido, considerando a educação, segundo a lei, como direitos de todos e dever do Estado, meio para diminuição das desigualdades, da erradicação da pobreza, da busca pelo crescimento econômico e social, no contexto das prisões, a educação desenvolve um papel crucial, que vai além da remição da pena, sobretudo para a ressocialização, para oportunizar, àqueles que estão sob custódia, uma vida diferente inclusive pós-prisão, assim como, para o resgate do status da cidadania. Nesse sentido, através da pesquisa quanti-qualitativa e estudo de caso, buscou-se observar os efeitos das políticas públicas de educação profissional na Penitenciária Feminina de Teresina, no processo de ressocialização e resgate da cidadania das detentas.