O trabalho análogo à escravidão é considerado uma violação de direitos humanos, pois submete os trabalhadores a condições subumanas de trabalho (CASTILHO, 2000). Tipificado no art. 149 do Código Penal Brasileiro, produz milhares de vítimas em todo o mundo. O Estado brasileiro foi condenado, em 2016, pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, no Caso da Fazenda Brasil Verde, por não ter tomado medidas efetivas para impedir esse crime (MPF, 2018). Por ser um problema complexo e multifacetado, além da criação de políticas públicas específicas, estas devem ser efetivas e resolutivas no sentido de romper o ciclo da escravidão contemporânea em todas as suas etapas. Diante disso, o presente trabalho teve como objetivo analisar a efetividade das políticas públicas no Caso da Fazenda Brasil Verde. O estudo foi realizado através de pesquisa documental e bibliográfica do tipo qualitativa, descritiva e explicativa a fim de apreender aspectos importantes a respeito da efetividade das políticas públicas de erradicação ao trabalho escravo tomando como base as principais contribuições teóricas encontradas sobre o tema e documentos oficiais. Considerando as situações descritas nos documentos da Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, apesar dos grandes avanços em políticas públicas específicas, as mesmas não foram efetivas no Caso da Brasil Verde e não impediram a escravidão e não proporcionaram a justiça social esperada.