O desenvolvimento das tecnologias de informação e comunicação (TIC) tem proporcionado
novas formas de exercer as atividades profissionais, tais como o teletrabalho – o exercício das
atividades laborais não mais atrelado ao espaço físico da organização. Esse modelo, que já vinha
se mostrando atrativo para pessoas e organizações, ganhou renovado interesse, impulsionado
pelo contexto da pandemia de COVID-19. A tendência, tornou-se a forma padrão de trabalho,
durante um amplo período, em escala inédita e de abrangência global. O trabalho exercido de
forma remota ganha assim uma possibilidade real de vir a se consolidar em muitos contextos,
a exemplo do serviço público no Brasil. Embora já implantado em alguns órgãos, a nova
conjuntura proporcionou uma ampliação, que tende a se consolidar. Dada essa possibilidade,
que traz oportunidades e desafios, as organizações públicas devem se preocupar em promover
as competências necessárias para que os servidores consigam alcançar os resultados esperados
ao exercer suas atividades de forma remota. Para isso se faz imperativo investigar quais
competências são necessárias para que os trabalhadores realizem suas atividades laborais, na
modalidade remota, no âmbito do setor público – objetivo a que este trabalho se propõe. Para
tanto, foram identificadas as competências apontadas pela literatura como necessárias ao
desenvolvimento de trabalho remoto. A partir desse levantamento, elaborou-se instrumento de
pesquisa, roteiro de entrevista, a ser aplicado em uma organização pública, com a utilização de
estratégia de pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso. Além das entrevistas serão usadas
como fontes de evidências documentos produzidos pela organização e observação participante.
Os dados serão triangulados e tratados a partir da análise de conteúdo. Pretende-se ao final,
oferecer contribuição à definição das competências essenciais necessárias ao teletrabalho.