A comunicação entre Estado e sociedade é alvo de iniciativas globais que visam transformar o burocratês - marcado por termos técnicos, com palavras difíceis de entender para boa parte da população - em uma linguagem mais próxima do dia a dia dos cidadãos/usuários dos serviços públicos. Experiências com foco na linguagem simples, na forma de programas, políticas públicas ou propostas a serem executadas, atuam no desafio de simplificar textos oficiais. Investigar os reflexos de implementação do programa Linguagem Simples à luz da Teoria da Sinalização é o objetivo geral desta pesquisa, ao compreender como o governo (emissor) produz sinais, ao reestruturar textos governamentais, no desafio de reduzir a desigualdade de informações perante os cidadãos (destinatários). Os procedimentos metodológicos adotados nesta abordagem qualitativa consistem de pesquisa documental, a fim de contextualizar as experiências relacionadas à linguagem simples expressas nas legislações do Brasil e de outros países; de revisões sistemáticas sobre linguagem simples e teoria da sinalização; de entrevistas semiestruturadas com pessoas envolvidas no processo de implementação. Os dados deverão ser analisados por meio da análise de conteúdo interpretativista inspirada em Bardin (2016), com auxílio do software Atlas.ti. Os resultados esperados são a descrição do contexto, das atividades, bem como a categorização de possíveis benefícios e desafios identificados pelos participantes entrevistados. A título de devolutiva, será elaborado um relatório técnico na forma de guia, com a finalidade de trazer elementos que contribuam para as pessoas interessadas se apropriarem de informações que possam ajudá-las a operacionalizar iniciativas de simplificação de linguagem em documentos oficiais.